Governo e entidades orientam sobre aulas na rede pública e privada no RS

Governo e entidades orientam sobre aulas na rede pública e privada no RS

Escolas estaduais e municipais da Capital seguem sem atividades letivas. UFRGS suspende expediente entre 6 e 10/5; e PUCRS até 11/5

Maria José Vasconcelos

Escolas da rede municipal da capital seguem sem aula até quarta-feira (8/5)

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Redes e entidades de Educação Básica e Superior no estado avaliam condições e organizam ações para resolver questões letivas junto à comunidade escolar e acadêmica, pública e privada.

As escolas públicas estaduais foram orientadas pelas Coordenadorias Regionais de Educação (CREs) que o trabalho escolar presencial segue suspenso. A Secretaria Estadual da Educação e CREs mantêm contato e atualização com os diretores de escola, para que a comunidade esteja informada sobre providências. Na Capital, apesar do sol na tarde de domingo, os danos e alagamentos na cidade ainda causam prejuízos e dificuldades em deslocamentos. Assim, o prefeito Sebastião Melo informou que as aulas nas escolas municipais estão suspensas até quarta-feira (8/5). E acrescentou que "as escolas municipais de Ensino Fundamental Jean Piaget, Grande Oriente do Rio Grande do Sul e Porto Novo atuam como alojamento provisório de morados de áreas atingidas pela enchente. Nas demais unidades escolares, não atingidas pelas cheias, há acolhimento aos alunos, familiares, e comunidade". Segundo o secretário de Educação, José Paulo da Rosa, "é momento extremamente difícil para nossa cidade e para o Estado, hora de união de esforços, resgate e acolhimento. Estamos em contato constante com as gestões escolares para que nossas escolas, que estejam em boas condições, sejam ponto de acolhimento e suporte aos alunos e à comunidade”. Ele também revela que nas escolas municipais, além de acolhimento e alimentação, os atingidos dispõem de apoio de equipe de mais de 50 psicólogos e assistentes sociais, da Associação Brasileira de Educação, Saúde e Assistência (ABESS), parceirizada da prefeitura, responsável pelo programa Incluir + POA.

As particulares gaúchas, no final de semana, igualmente eram orientadas pelo Sindicato dos Estabelecimentos de Ensino Privado do RS (Sinepe/RS), que, em nota, recomenda, "diante da situação dramática que nosso Estado está vivendo", que as instituições de ensino localizadas em regiões afetadas pelas enchentes suspendam as aulas nos próximos dias. Em relação ao atendimento das escolas, destaca que "o SINEPE/RS sempre respeitou sua autonomia, admitindo sua competência para decidir o que julga melhor para àquele momento. Mas, diante da situação de calamidade pública que o nosso Estado está vivendo, diante da dificuldade de acesso de alunos, professores, funcionários à escola em razão da mobilidade, inclusive da falta de água em algumas escolas, recomendamos que as instituições de ensino localizadas em locais afetados pelas enchentes suspendam as aulas por tempo que entenderem necessário, principalmente nos primeiros dias da próxima semana". O presidente do Sinepe, Oswaldo Dalpiaz, considera que "o momento é de dor, mas vemos uma grande mobilização de solidariedade por parte da população. Isto mostra que ainda há esperança". E acrescenta que a entidade "estará à disposição para auxiliar", revelando que há escolas cedendo espaços ou apoiando atingidos pelas águas.

Já no sábado (4/5), a Universidade Federal do RS (Ufrgs), com campus sede em Porto Alegre, publicou a Portaria nº 2.916, que suspende o expediente na UFRGS entre os dias 6 e 10 de maio. Em nota do Gabinete do Reitor, é informado que "a suspensão se deve ao risco diante das chuvas e dos alagamentos, e acontece sem prejuízo ao Calendário Acadêmico". Como alternativa é indicado que as "atividades de ensino sejam oferecidas na modalidade a distância, quando possível, e as atividades administrativas e de suporte acadêmico sejam praticadas por meio do trabalho remoto, também diante das possibilidades". O documento explica que se orienta pelo Decreto nº 22.647, da Prefeitura de Porto Alegre, que declarou Estado de Calamidade Pública, diante dos desastres de grande intensidade causados pelas chuvas no Rio Grande do Sul. E esclarece que a Portaria "não se aplica às atividades essenciais, bem como àquelas consideradas imprescindíveis, conforme critério das direções das Unidades Acadêmicas e dos Órgãos da Administração Central". Além disso, ocorre trabalho de atendimento a desabrigados empreendido por equipes da Ufrgs no Ginásio da Escola de Educação Física, Fisioterapia e Dança (Esefid/UFRGS), no Jardim Botânico, na Capital.

Também no sábado, a Pontifícia Universidade Católica do RS (PUCRS) já deliberava sobre o andamento do trabalho letivo. Em nota, ponderou o atual cenário com as fortes chuvas e prejuízos no Estado, considerando que é momento de "mobilização, união e foco total no apoio às pessoas afetadas pela enchente. Por este motivo, a PUCRS informa que estão suspensas, do dia 6 a 11 de maio, todas as aulas presenciais, híbridas e on-line síncronas da graduação, especialização, MBA, mestrado, doutorado, idiomas e certificações. E explica que a Universidade tem articulado todos os seus esforços "para ajudar e acolher as pessoas que estejam em alguma situação de vulnerabilidade", contando com o trabalho de equipes para oferecer urgente suporte aos que mais precisam; e disponibilizando o Parque Esportivo como um dos abrigos voltados à comunidade na Capital. Conforme a Reitoria da PUCRS, toda mudança ou novidade serão comunicadas pelos canais oficiais da instituição, especialmente pelo site e Instagram.




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