Ingresso por cotas cresce 167% no Ensino Superior
Censo da Educação Superior revela que os critérios de ingresso mais usados em 2022 foram relativos à escola pública e renda per capita
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A quantidade de ingressantes no Ensino Superior por meio do sistema de cotas no país aumentou 167% nos últimos dez anos. O Censo da Educação Superior 2022, realizado pelo Instituto Nacional de Estudos e Pesquisas Educacionais (Inep), mostra que, no último ano, foram 108.616 estudantes que usufruíram das cotas para ter acesso à universidade. Em 2012, ano em que a lei de cotas foi promulgada, foram 40.661 ingressantes por esta política pública. Por isso, os dados demonstram a relevância das cotas para a democratização do acesso à Educação Superior.
Em 20 anos de vigência, a legislação das cotas foi atualizada. Entre as mudanças estão: ampliação de vagas para quilombolas; distribuição de vagas proporcionalmente a dados do IBGE; e prioridade a alunos em situação de vulnerabilidade social.
Adriano Senkevics, pesquisador do Inep, explica que o principal impacto será na distribuição de vagas pelo Sistema de Seleção Unificada (Sisu), que já integrará as mudanças em 2024. “Só ocupará vaga quem realmente precisa. O candidato que teve desempenho suficiente para entrar por ampla concorrência vai poder ingressar por essa via”, aponta.
Vale destacar que um estudante pode usufruir de mais de um tipo de forma de ingresso ou programa de reserva, caso se enquadre em mais de um critério.
Reserva de Vagas
Do total de estudantes que ingressaram por meio de critérios de cotas no país em 2022 foram:
- Étnico-racial: 5.371.
- Escola Pública: 99.866.
- Renda: 45.226, com per capita inferior a 1,5 salário mínimo.
- Deficiência: 2.059 pessoas.
- Programas: 3.359 utilizaram outras ações de reserva de vagas.
