Mensalidade de escolas particulares terá reajuste médio de 11,7% no RS

Mensalidade de escolas particulares terá reajuste médio de 11,7% no RS

Pesquisa do Sinepe/RS indica que custos com pessoal, infraestrutura, tecnologia e contas públicas repercutem no orçamento para 2023

Correio do Povo

Investimentos em estrutura para a Covid-19 são um dos argumentos para alta

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Deve ficar em 11,7% o reajuste médio da mensalidade escolar para 2023 no Rio Grande do Sul. Conforme pesquisa realizada pelo Sindicato dos Estabelecimentos de Ensino Privado do RS (Sinepe/RS). De 145 escolas, a maioria das instituições consultadas (dois terços) terão reajuste médio entre 6% e 12%. O estudo, feito entre 17 e 27 de outubro, abrange 49% das associadas.

Além do custo com pessoal, principal item na composição da mensalidade, outros fatores que mais afetaram o orçamento das instituições foram novos investimentos em infraestrutura e tecnologia, seguidos de contas públicas, como água e luz, e aluguéis. O aumento das mensalidades ficará próximo da projeção de alta de custos das escolas para o próximo ano, que está na faixa de 11,1%, segundo o relatório.

O presidente do Sinepe/RS, Oswaldo Dalpiaz, explica que as escolas ainda estão sentindo o impacto econômico da pandemia de Covid-19. “Em especial, no último ano tivemos um aumento significativo em investimentos para atender aos protocolos para o retorno às aulas presenciais, como ampliações de espaços físicos e aquisição de equipamentos para as aulas híbridas. Muitas escolas ainda estão pagando essa conta. E, ao mesmo tempo, não foi possível repassar na integralidade esses custos no reajuste das mensalidades, porque as famílias também estavam com dificuldades.”

Para oferecer os itinerários formativos do Novo Ensino Médio, o dirigente lembra que muitas escolas estão buscando melhorias em infraestrutura, capacitação e tecnologias. “Esses investimentos apareceram entre os dez maiores custos das instituições, na nossa pesquisa”, completa. Oswaldo Dalpiaz acrescenta que o aumento das mensalidades não pode ter como único critério a inflação do período.

Outros componentes no cálculo de aumento são contas públicas, principais custos de uma instituição, e que tiveram elevação superior a 11% neste ano. E também investimentos em tecnologia e equipamentos, como computadores, que aumentaram mais de 20%, com a pandemia.




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