Professores e técnicos de institutos federais entram em greve

Professores e técnicos de institutos federais entram em greve

Paralisação afeta 25 campi no Rio Grande do Sul

Correio do Povo

Paralisação afeta 25 campi no Rio Grande do Sul

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Professores e técnicos de colégios e de institutos federais de Educação, Ciência e Tecnologia do país, representados pelo Sindicato Nacional dos Servidores da Educação Básica, Profissional e Tecnológica (Sinasefe), iniciaram greve nesta quarta-feira, 3.

No Rio Grande do Sul, dez campi do Instituto Federal Farroupilha (IFFar) e 15 campi do Instituto Federal do RS (IFSul) se associaram à mobilização. A categoria se une à paralisação geral de trabalhadores do ensino federal, que também contempla os técnicos administrativos, que estão em greve desde 11 de março, e os professores universitários, que organizam paralisação para o dia 15 de março.

A manifestação das categorias reivindica quatro pautas em comum: reposição de perdas salariais; reestruturação dos planos de carreira; aumento dos investimentos nas instituições federais de ensino; e abertura de concurso para a contratação de mais trabalhadores.

O movimento grevista nacional, organizado pelo Sinasefe, promoveu nesta quarta-feira, 3, um ato unificado em Brasília (DF). Os participantes realizaram manifestações em frente ao Ministério da Educação (MEC) e diante do Ministério da Gestão e da Inovação em Serviços Públicos (MGI).

Em nota, o Sinasefe informa que, desde setembro de 2023, negocia com o governo federal a reestruturação das carreiras da categoria, mas assinala que não obteve acordo satisfatório. “Há uma postura desrespeitosa com as entidades representativas do setor da Educação federal, que têm os piores salários do serviço público”, afirma o sindicato, em comunicado oficial de deflagração de greve, que foi enviado ao governo federal no dia 28 de março.

Greve Geral

A paralisação conjunta de trabalhadores do sistema federal de ensino, que inclui professores e técnicos de colégios, institutos e universidades federais, prevê atingir seu ápice no próximo dia 15 de abril, data prevista para a greve dos professores universitários.

A mobilização da categoria é organizada pelo Sindicato Nacional dos Docentes das Instituições de Ensino Superior (Andes-SN), que decidiu pela greve, em assembleia da categoria, realizada dia 22 de março. No entanto, cabe a cada seção sindical decidir por aderir ou não à paralisação. Outras deliberações serão feitas em assembleias locais, a serem promovidas até 9 de abril, véspera da nova reunião nacional.

Dia de Paralisação e Ato Estadual

Professores e servidores de escolas públicas estaduais participam nesta quarta-feira, 3, do Dia de Paralisação e Ato Estadual por justiça salarial, para educadores da ativa e aposentados. A mobilização, organizada pelo Cpers/Sindicato, acontece a partir das 9h, na Praça da Matriz, em Porto Alegre.

O objetivo é reafirmar a necessidade de atualização salarial, expondo – ao governo e aos deputados estaduais – a crescente defasagem salarial que categoria enfrenta; e defender salários dignos e justos. Conforme o Cpers, a “pauta é clara e necessária: exigimos o aumento do salário básico na carreira das funcionárias e funcionários de escola, e o fim do desconto das verbas indenizatórias do completivo. Além disso, lutamos pela revisão geral dos salários, garantindo reajuste para todos que foram excluídos do aumento do Piso, como os aposentados sem paridade ou que ainda possuem a parcela de irredutibilidade”.

O Sindicato aponta que o governo gaúcho deixou mais de 60 mil educadores de fora do último reajuste do Piso, privando cerca de 32% dos profissionais da valorização salarial que merecem.




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