Professores farão vigília em dia de paralisação contra parcelamento

Professores farão vigília em dia de paralisação contra parcelamento

Secretaria de Educação orientou escolas a permanecerem abertas

Jézica Bruno

Mobilização de professores contra parcelamentos terá vigília em frente ao Piratini

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Os professores estaduais estarão mobilizados nesta quinta-feira contra o parcelamento dos salários do funcionalismo público. Os educadores realizarão uma vigília a partir das 8h na Praça da Matriz, em Porto Alegre, em frente ao Palácio Piratini, sede do poder executivo no Rio Grande do Sul e palco escolhido pelo magistério para dezenas de mobilizações na luta por melhorias para a educação.

De acordo com a presidente do Cpers/Sindicato, Helenir Aguiar Schürer, o ato será unificado e deve mobilizar também cidades da região Metropolitana e do Interior do Estado contra o parcelamento dos salários. “Vamos fazer uma vigília que deve envolver Porto Alegre, Gravataí, Guaíba, Ijuí e outros municípios para pressionar o governo do Estado contra essa medida que desmotiva a categoria”, explicou. No Interior do Estado, vão ser realizadas atividades em frente a unidades do Banrisul.

Helenir destacou que o parcelamento do salário gera, além de prejuízos financeiros, constrangimento. “Com esse parcelamento em que o dinheiro entre de pouquinho em pouquinho, parece que não trabalhamos, mas nós estamos trabalhando todos os dias e merecemos um pagamento integral”, salientou Helenir.

Além da promoção desse ato, os professores já realizaram uma greve e atuam desde a segunda-feira, em algumas instituições de ensino, com turnos reduzidos. “Estamos muito tranquilos quanto a isso, se o nosso salário está parcelado, também vamos trabalhar parcelado. A responsabilidade disso é toda do governo do Estado”.

Apesar de reconhecer que os alunos de escolas públicas serão atingidos pelos reflexos das mobilizações, assim como da greve que já foi encerrada, Helenir reforçou que cada escola terá autonomia para discutir com o Conselho Escolar a melhor forma para recuperar as aulas.

Escolas são orientadas a permanecer abertas

A Secretaria Estadual da Educação (Seduc) se manifestou através de nota e afirmou que respeita as manifestações dos servidores marcadas para esta quinta-feira, mas orientou que os estabelecimentos de ensino permaneçam abertos e em funcionamento normal. “O parcelamento de salários não é ato de vontade, mas fruto da crise financeira do país e da situação estrutural do Estado”.

Em relação a redução de períodos, a Seduc apontou que a medida traz prejuízos para a comunidade escolar, especialmente para os alunos e lembrou ainda que “a manutenção das aulas é um direito dos estudantes e um compromisso que deve ser observado pelos professores. As ocorrências deverão ser registradas pelos diretores das escolas”. Para que ocorra a validação do ano letivo, a secretaria disse que irá exigir o cumprimento da carga horária mínima estabelecida pela Lei de Diretrizes e Bases da Educação Nacional.



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