Professores grevistas não terão ponto cortado, garante governo

Professores grevistas não terão ponto cortado, garante governo

Negociações não avançaram após ocupação da Assembleia Legislativa do RS

Correio do Povo e Rádio Guaíba

Secretário José Clóvis de Azevedo informou que não haverá corte no ponto dos grevistas

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Em reunião realizada entre professores que integram o comando de greve do Cpers/Sindicato, o secretário estadual da Educação, José Clóvis de Azevedo, e outros representantes do governo do Estado, ficou definido que os grevistas não terão o ponto cortado nos dias em que paralisaram as atividades, se voltarem ao trabalho. A categoria está em greve desde o dia 23 de agosto.

Entretanto, não houve avanços no debate sobre as principais reivindicações da categoria, o pagamento do piso nacional do magistério e a reforma do Ensino Médio Politécnico. Segundo o secretário, são duas ações nacionais e não podem ser alteradas pelo Estado. O comando de greve do Cpers v=agora vai avaliar os rumos do movimento.

Mais cedo, o grupo que passou a noite na Assembleia Legislativa (AL) gaúcha desocupou o prédio. Estudantes, professores ligados ao Cpers/Sindicato e membros do movimento social Bloco de Lutas pelo Transporte Público saíram da sala do presidente da AL, deputado Pedro Westphalen (PP), por volta das 9h45min desta quarta-feira, com o início da reunião, realizada na sede da Fundação para o Desenvolvimento de Recursos Humanos (FDRH), que fica na avenida Praia de Belas.

Porém, antes de deixar o Parlamento, o grupo leu uma carta pública de esclarecimento à comunidade escolar sobre os motivos da ocupação. Conforme o texto, a ação "teve o intuito de forçar os deputados a se posiconarem frente a luta dos educadores e dos estudantes pelo piso salarial nacional e contra a reforma do Ensino Médio Politécnico, decretada pelo governo de maneira autoritária". Outra reivindicação do grupo era a reabertura das negociações com o comando de greve do Cpers.

Após a leitura do texto, os manifestantes desceram as escadarias da AL entoando palavras de ordem. Eles seguiram em caminhada com destino à sede da FDRH, para acompanhar os desdobramentos da reunião. A marcha causou lentidão no trânsito nas avenidas Borges de Medeiros e Praia de Belas.

Durante a ocupação, a exemplo do que ocorreu na Câmara Municipal em julho, os manifestantes viraram de "cabeça para baixo" as fotos de alguns ex-deputados que ficam na galeria do primeiro andar do prédio.

Ocupação

A ocupação da Casa começou em torno das 16h30min dessa terça. O grupo ingressou rapidamente nas dependências e acomodou-se na antessala da presidência da AL, colocando cartazes com adesivos nas paredes e estabelecendo um regime de plenárias para deliberações sobre as ações do movimento.

Enquanto o presidente do Parlamento, deputado Pedro Westphalen, buscava contato com o governador Tarso Genro - que estava em Brasília -, chegou a ocorrer, pelas 19h30min, um princípio de enfrentamento entre seguranças e manifestantes. O conflito se deu quando foi barrado um cesto de vime coberto. Ao verificar que se tratava de lanche para a noite de vigília dos manifestantes, houve negociação e a entrada dos alimentos foi permitida.

Com informações dos repórteres Mauren Xavier e Gabriel Jacobsen

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