Sindicato do Ensino Privado relata escolas “prontas para voltar” no RS

Sindicato do Ensino Privado relata escolas “prontas para voltar” no RS

"Não podemos puxar a régua para baixo, mas sim para cima", defende presidente do Sinepe

Samantha Klein / Rádio Guaíba

Ensino privado afirma estar pronto para retornar no RS

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Após um protesto realizado por professores da rede pública nessa quarta-feira, o Sindicato do Ensino Privado do Rio Grande do Sul (Sinepe-RS) reafirmou que a rede particular está pronta para a retomada das aulas presenciais, assim que possível. Em entrevista ao Esfera Pública desta quinta-feira, o presidente da entidade, Bruno Eizerik, disse que os estabelecimentos de ensino privado começaram a se adequar ainda em junho, quando o governo estadual divulgou os protocolos a serem seguidos pelas instituições.

“É claro que não será fácil fazer as crianças cumprirem protocolos. Claro que nossa preocupação principal é com a saúde e a vida, mas também temos o dilema dos pais que precisam da retomada das aulas”, disse. “Àquelas famílias que se sentem seguras, a rede privada está preparada para a volta às aulas. Em caso contrário, aulas remotas ainda serão realizadas”, completou.

Por outro lado, cada escola detém autonomia para decidir como retomar as atividades. “Algumas escolas entendem que deve-se recomeçar com os alunos das séries finais por conta das provas do Enem, outras entendem que o foco deve ser a Educação Infantil, onde os pequenos socializam, e há escolas que acreditam que o retorno deve começar com o Ensino Fundamental em função da alfabetização”, relata Eizerik.

Entre os protocolos estabelecidos pelo governo estadual, o uso de equipamentos de proteção individual (EPIs), rotinas com menor circulação de pessoas, redução de turmas, além de entradas e saídas em horários diferentes. Eizerik cita Manaus como exemplo onde as aulas foram retomadas sem que, até o momento, tenha havido surtos de Covid-19 entre alunos e professores.

Por outro lado, pesquisas feitas pelo setor apontaram que os pais não devem levar os filhos de volta às salas de aula. Em relação ao levantamento feito pelo Cpers Sindicato, o professor avaliou ter sido “uma pesquisa muito mais dirigida” e que não a entende como algo “científico”. Ele também acrescentou que os pais se dividem. “Defendemos que as escolas que estejam prontas e tenham condições de receber seus alunos reabram e os pais que estejam em dúvida mantenham seus filhos em ensino remoto”.

Em etapas

O calendário proposto pelo governo estadual prevê que as aulas possam ser retomadas em municípios onde as bandeiras do modelo de distanciamento social sejam permitidas somente em amarelo e laranja. O calendário prevê retomada gradual, a partir do dia 31 deste mês.

O gestor do sindicato ressalta que já existe um gap entre as escolas públicas e particulares. “Ao mesmo tempo, não podemos impedir aquelas instituições em condições de retomar suas atividades. Não podemos puxar a régua para baixo, mas sim para cima. Não podemos ficar com escolas, prontas para retomar as atividades, fechadas”, pondera.

A Federação das Associações de Municípios do Rio Grande do Sul (Famurs) reforçou, nessa quarta-feira, posição contrária ao calendário escolar proposto. “A posição da entidade, neste momento, é de inviabilidade. Com relação à pressão das escolas privadas de Educação Infantil, a Famurs sugeriu que o Banrisul disponibilize uma linha de crédito para financiamento com juros subsidiados até o fim do ano.

Estudo mostra que carga viral maior em crianças

Um estudo divulgado nesta quinta-feira pela Escola Médica Universidade de Harvard, nos Estados Unidos, mostra que crianças possuem alta carga viral do novo coronavírus e podem ser mais contagiosas do que adultos, inclusive aqueles internados em unidades de terapia intensiva (UTI).

Segundo a pesquisa, o potencial de disseminação do vírus entre os mais jovens vem sendo subestimado desde o início da pandemia. O estudo, publicado na revista Journal of Pediatrics, apontou o quão infecciosas as crianças podem ser, mesmo sem sintomas da doença.




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