Universidades federais têm baixo investimento

Os investimentos nas universidades federais brasileiras, em 2021 e 2022, foram os menores dos últimos 22 anos. A informação é do Painel Financiamento da Ciência e Tecnologia, divulgado no final de novembro (em 22/11), e elaborado pelo Centro de Estudos Sociedade, Universidade e Ciência (Sou Ciência), da Universidade Federal de São Paulo (Unifesp). Os dados consideram o período de 2000 a 2022; e os valores estão atualizados para janeiro de 2023.

Tais recursos envolvem atividades, como obras de infraestrutura e melhoramentos, além de compra de equipamentos para pesquisa e aulas. Conforme o levantamento, em 2021, as verbas destinadas a investimentos nas 69 instituições federais de ensino totalizaram R$ 131,6 milhões. A quantia é a menor investida anualmente nas universidades, desde 2000. Em 2022, foram R$ 188,7 milhões, sendo, este valor, o segundo menor montante anual de recursos investidos no período analisado.

O terceiro ano com o menor volume de investimentos ocorreu em 2019, com R$ 194,6 milhões. E o quarto pior ano foi em 2002, quando havia 45 universidades federais no país.

Em contrapartida, no período de 2000 a 2022, os quatro anos com os maiores valores de investimento nas universidades públicas federais foram em: 2014 (com R$ 1,5 bilhão); 2013 (R$ 1,2 bilhão); 2011 (R$ 1,19 bilhão) e 2012 (R$ 1,12 bilhão).

Instituições Criadas

• Entre os anos de 2000 e 2002, em seu 2º mandato presidencial (1999 a 2002), o governo Fernando Henrique criou 5 universidades federais. 
• De 2003 a 2006, o governo Lula criou 8, no 1º mandato; e de 2007 a 2010, mais 6 instituições federais, no 2º mandato.
• As 4 universidades seguintes foram do 1º mandato de Dilma Rousseff (2011-2014).
• De setembro de 2016 a dezembro de 2018, o governo de Michel Temer criou 5 instituições superiores no país.
• O governo Jair Bolsonaro criou 1 universidade, em 2019.
• Acesso ao Painel neste site.