Weintraub anuncia que Brasil deixará Mercosul na área educacional

Weintraub anuncia que Brasil deixará Mercosul na área educacional

Setor foi criado em 1991 como um espaço para que os países membros e associados pudessem articular políticas

AE

Parcerias iniciadas serão mantidas sem prejuízo

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O Ministério da Educação (MEC) anunciou, nesta sexta-feira, que o setor educacional do Brasil não vai mais fazer parte do Mercado Comum do Sul (Mercosul) . Segundo o ministro Abraham Weintraub, a decisão de sair do grupo foi tomada após avaliação de que os investimentos nos últimos anos não geraram "resultados concretos".

"Após 28 anos, não há resultados concretos e objetivos para a gente mostrar e a despesa e o custo foi grande", afirmou o ministro que disse estimar o "gasto de R$ 30 milhões com as reuniões". São realizadas reuniões semestralmente para discutir as diversas ações integradas do grupo para todas as etapas da educação, do ensino infantil à pós-graduação.

O Setor Educacional do Mercosul foi criado em dezembro de 1991 como um espaço para que os países membros e associados pudessem articular políticas educacionais, estimular a mobilidade e o intercâmbio. Entre as ações que foram desenvolvidas pelo grupo nos últimos anos estão programas que facilitam o intercâmbio de estudantes e professores, acreditação de diplomas de graduação e pós-graduação.

A reportagem apurou que a decisão de saída não foi embasada por nenhum estudo ou análise sobre a participação do Brasil no grupo. A medida teria motivação ideológica.

Segundo a pasta, as parcerias iniciadas serão mantidas sem prejuízo às partes como, por exemplo, o reconhecimento da equivalência dos estudos no âmbito da educação básica de alunos que estudam fora do país e que são pertencentes ao bloco assim como o sistema de acreditação de cursos de graduação do Mercosul (ARCU-SUL). Os bolsistas também terão o benefício mantido.

A saída significa que o Brasil deixa de participar das reuniões do bloco e passa a ter relações e acordos bilaterais com os demais países do bloco. O ministro admitiu que as reuniões e pactuações bilaterais também terão custo, mas argumentou que elas terão "começo, meio e fim" e "objetivo claro".

Em nota, o ministério destacou que a decisão não "rompe relações com os países vizinhos" e que o diálogo permanece para futuros acordos.




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