Área desativada da Fepam é alvo constante de vândalos e criminosos

Área desativada da Fepam é alvo constante de vândalos e criminosos

Laboratório localizado na avenida Salvador França foi desativado em 2015

Claudio Isaías

Área desativada da Fepam é alvo constante de vândalos e criminosos

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O destino da área da Fundação Estadual de Proteção Ambiental (Fepam), na avenida Salvador França, no bairro Jardim Botânico, preocupa os funcionários. Nesta segunda-feira um grupo de trabalhadores ligados a Associação dos Servidores da Fundação Zoobotânica inspecionou a área onde funcionou o laboratório de análises da Fepam ao lado do Jardim Botânico. O local foi desativado em 2015 por determinação da secretária Ana Pellini, titular da Secretaria do Ambiente e Desenvolvimento Sustentável, órgão a qual a Fepam está subordinada.

Com a desativação da área, os cinco prédios vêm sofrendo com a ação de vândalos e criminosos, que roubaram diversos equipamentos do local. Um funcionário, que pediu para não se identificar, informou que um barco foi levado da garagem da Fepam. Um caminhão teria entrado no terreno, segundo o servidor, e levado portas, janelas, um transformador, aparelhos de computador e cadeiras. A ousadia foi tanta que até a estrutura e materiais do CTG da Associação dos Servidores da Fepam foi toda roubada, desde a desativação do laboratório.



Foto: Guilherme Testa

Com a denúncia de abandono da área feita pelos servidores da FZB, o Ministério Público do Rio Grande do Sul abriu um inquérito civil determinando providências por parte do governo do Estado para o local. A primeira medida foi a limpeza da área. “É uma tristeza ver o que fizeram com uma área que era referência para a pesquisa”, lamentou o servidor da FZB.

A promotora de justiça Ana Marchezan, da Promotoria de Justiça e Defesa do Meio Ambiente de Porto Alegre, informou que a limpeza da área já foi realizada por uma empresa contratada pelo governo do Estado, assim como o serviço de vigilância particular para proteger a área no bairro Jardim Botânico.

Conforme Ana Marchezan, o MP/RS determinou ainda a realização de um laudo pela Fepam sobre a contaminação do solo. Vândalos que invadiram o local derrubaram diversos produtos químicos pela área do laboratório de análises, o que pode, segundo o MP/RS, ter contaminado o solo. Além disso, em um dos prédios utilizado para pesquisa, os vândalos colocaram fogo na estrutura.



Foto: Guilherme Testa

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