Última sobrevivente internada de Brumadinho recebe alta

Última sobrevivente internada de Brumadinho recebe alta

Talita de Souza, de 16 anos, foi resgatada pelos bombeiros de helicóptero da lama de rejeitos

AE

Corpo de Bombeiros de Minas Gerais e a Defesa de Civil ainda buscam 22 desaparecidos

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Depois de ter ficado hospitalizada quase seis meses, a última vítima da tragédia de Brumadinho que estava internada recebeu alta. Talita Cristina Oliveira de Souza, de 16 anos, deixou o Hospital Mater Dei, em Betim, na Grande Belo Horizonte, nesta quarta-feira. O Corpo de Bombeiros de Minas Gerais e a Defesa de Civil ainda buscam 22 desaparecidos após o rompimento no dia 25 de janeiro da Barragem Mina do Córrego do Feijão, que deixou ainda 248 mortos.

Resgata pelos bombeiros de helicóptero da lama de rejeitos, Talita foi submetida a quatro cirurgias para reparar as fraturas no quadril e em uma das pernas. Nesta quinta-feira, 18, 175º dia de trabalho, uma equipe de 145 homens realizam buscas em Brumadinho, com 198 máquinas e um cachorro.

A Vale e o Ministério Público do Trabalho (MPT) de Minas assinaram um acordo na segunda-feira, estabelecendo os termos das indenizações a parentes das vítimas. Segundo o MPT, cônjuges ou companheiros, filhos, mães e pais de pessoas que morreram em decorrência da tragédia deverão receber individualmente R$ 700 mil, valor que engloba reparação ao dano moral e pagamento de seguro por acidente de trabalho; irmãos receberão R$ 150 mil.

Está previsto também o pagamento, a ser concretizado no dia 6 de agosto, de R$ 400 milhões pela empresa de mineração a título de reparação ao dano moral coletivo. A Vale declarou que, com o acordo, a Justiça determinou a liberação de R$ 1,6 bilhão que estava bloqueado.

O MPT apontou que, para reparar o dano material, ou seja, "restaurar a renda mensal das famílias de trabalhadores falecidos", o dependente da vítima receberá pensão mensal vitalícia até os 75 anos. A idade segue a expectativa de vida de um brasileiro, segundo dados do Instituto Brasileiro de Geografia e Estatística (IBGE). O valor não poderá ficar abaixo dos R$ 800 mil e poderá ser pago em parcela única. A quantia, segundo a mineradora, será entregue ao núcleo de dependentes. Leia aqui o acordo entre a Vale e o MPT.


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