Últimos acertos para implosão da ex-SSP têm chuva e chegada de equipamentos para retirar entulho

Últimos acertos para implosão da ex-SSP têm chuva e chegada de equipamentos para retirar entulho

Após detonação de explosivos, cerca de 20 mil toneladas devem restar de escombros

Felipe Faleiro

Implosão está marcada para as 9h de domingo

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A programação da implosão do antigo prédio da Secretaria Estadual de Segurança Pública (SSP) começou ainda no final da tarde de sábado. A implosão, propriamente, está marcada para as 9h de domingo. Pelo menos uma carreta foi vista pela reportagem chegando ao local do edifício, na rua Voluntários da Pátria, bairro Floresta. Ela carregava uma escavadeira de 23 toneladas, mais dois complementos utilizados para remover parte das 20 mil toneladas de entulho que restariam do edifício implodido. O comprimento total do veículo que a levava era de 22 metros, e seu transporte requer atenção redobrada nas rodovias.

O motorista do caminhão, Rafael Silva, disse que o conjunto pertencia a uma terceirizada da FBI Demolidora, responsável pelo processo de implosão. “Saí de São Paulo às 16h de sexta-feira”, afirmou ele. Ou seja, a viagem levou mais de 24 horas. Na chegada, houve problemas. O caminhão não conseguiu entrar de primeira, fazendo com que Rafael precisasse manobrar em meio ao trânsito para adentrar o complexo. O fato causou pequenos congestionamentos, nos dois sentidos, já que a carreta inteira, quando atravessada na Voluntários tomava completamente o espaço.

A reportagem não foi autorizada pela portaria a entrar no pátio da antiga SSP, tampouco ficar no mesmo lado da rua da entrada, apenas na calçada do outro lado da Voluntários da Pátria. Dentro dos portões, havia veículos da Brigada Militar e da própria SSP.

No cair da noite, as nuvens aumentaram, e começou a chover. Embora o plano elaborado pela secretaria previsse o isolamento das vagas de estacionamentos por parte da Empresa Pública de Transporte e Circulação (EPTC) no perímetro de 300 metros a partir da implosão após as 18h, a reportagem não encontrou indicações ou marcações no entorno da Farrapos, Voluntários da Pátria ou ruas adjacentes.

O pensionista Loro Moretto estava no entorno do prédio no sábado. Cuidava de uma lavagem de carros na Voluntários da Pátria, que é administrada por um amigo, e que não estava no local naquele momento. “Ficamos um pouco preocupados. Acho que vai levantar muito pó aqui perto. Até tínhamos brincado: vamos assistir à implosão de cima do prédio da lavagem, mas não vai ser possível”, disse ele. Demais estabelecimentos da área, como uma escola de tiro, um estacionamento e alguns bares, funcionavam normalmente. Viaturas da Brigada Militar também fizeram o policiamento do entorno.


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