Único caminho para demolição do Esqueletão de Porto Alegre é o judicial, aponta Melo

Único caminho para demolição do Esqueletão de Porto Alegre é o judicial, aponta Melo

Segundo prefeito, processo para desmanchar o edifício está orçado em R$ 3 milhões

Correio do Povo e Rádio Guaíba

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O prefeito Sebastião Melo (MDB) afirmou em entrevista ao programa Agora, da Rádio Guaíba, nesta quinta-feira, que não vê um outro caminho envolvendo o Esqueletão de Porto Alegre a não ser a judicialização para o desmanche do edifício, solicitado pela gestão municipal ao Judiciário ainda no início de agosto. 

Um estudo do Laboratório de Ensaios e Modelos Estruturais (Leme), da Ufrgs, realizado em parceria com a prefeitura, apontou que 61% da estrutura de concreto armado do Esqueletão já atingiu o tempo de vida útil de projeto, e 6,7% do total encontra-se com vida útil no fim, caracterizando falha de desempenho, sob o ponto de vista da corrosão.

De acordo com o gestor, a prefeitura espera novas decisões por parte da Justiça em relação ao edifício. "Nós estamos aguardando o juiz da vara da Fazenda Pública. Nós orçamos (a demolição) em R$ 3 milhões e vamos colocar na conta do prédio. Não tem fundamento, o sujeito deixou 65 anos um prédio e agora quer que a cidade pague para demolir o que ele deixou abandonado. Essa discussão vai ser judicial", salientou. 

Segundo os cálculos da prefeitura, o Esqueletão de Porto Alegre possui ainda R$ 3 milhões em dívidas de IPTU, totalizando os custos entre demolição e débitos em R$ 6 milhões. Em entrevista ao Correio do Povo em agosto, o secretário de Obras e Infraestrutura de Porto Alegre, André Flores, afirmou que se o prédio ser desmanchado, a expectativa é dele ser demolido por partes, levando em consideração questões geográficas e de segurança. 

Dmae

Durante a entrevista, o prefeito também abordou os trâmites envolvendo o interesse da prefeitura em privatizar o Departamento Municipal de Água e Esgotos (Dmae). Para o prefeito, ao contrário da concessão da empresa de ônibus Carris para a iniciativa privada, que está mais bem definida, movimentações para uma desmunicipalização do Dmae andam a passos mais lentos. "A consultoria (contratada pela prefeitura) falta aportar uma série de dados que solicitamos. Para conceder, tenho que ter clareza que vou assinar um contrato que vai valer 35 anos. Não serei irresponsável, tenho que fazer uma coisa bem amarrada", pontuou. 


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