242ª vítima da tragédia na boate Kiss é sepultada em Santa Maria

242ª vítima da tragédia na boate Kiss é sepultada em Santa Maria

Mariane Wallau Vielmo, 24 anos, estava internada em Porto Alegre

Correio do Povo

Estudante estava internada há quase quatro meses no Hospital de Clínicas, na Capital

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A jovem Mariane Wallau Vielmo, de 24 anos, a 242ª vítima fatal da tragédia na boate Kiss, foi sepultada nesta segunda-feira no cemitério Santa Rita de Cássia em Santa Maria, no Centro do Estado. Ela teve óbito confirmado no domingo pelo Hospital de Clínicas de Porto Alegre, por complicações dos ferimentos sofridos no incêndio.

Natural de Santiago, a estudante era aluna do curso Sistemas de Informação no Centro Universitário Franciscano (Unifra), em Santa Maria, e trabalhava com informática no colégio Franciscano Sant‘Anna. Segundo informações do Hospital de Clínicas, Mariane havia deixado o Centro de Tratamento Intensivo (CTI) e voltado para o setor no último mês. O quadro piorou nos últimos dias e ela não resistiu.

Centenas de jovens ficaram feridos no incêndio, dos quais três seguem internados. No Hospital de Clínicas estão Cristina Peiter, de 23 anos, e Renata Pase Ravanello, de 25. No Hospital Mãe de Deus está Ritchieli Pedroso Lucas, de 19 anos.

A tragédia

O incêndio na boate Kiss – que fica na Rua dos Andradas, Centro de Santa Maria – começou por volta das 2h30min da madrugada de 27 de janeiro. O público participava de uma festa organizada por estudantes da Universidade Federal de Santa Maria (UFSM). A tragédia deixou 242 pessoas mortas.

Segundo testemunhas, o fogo teria começado quando um dos integrantes da banda Gurizada Fandangueira, que acabara de subir ao palco, lançou um sinalizador. O objeto teria encostado na forração da casa noturna. As pessoas não teriam percebido o fogo de imediato, mas assim que o incêndio se espalhou, a correria teve início. Conforme relatos, os extintores posicionados na frente do palco não funcionaram.

Em pânico, muitos não conseguiram encontrar a única porta de saída do local e correram para os banheiros. Aqueles que conseguiram fugir em direção à saída, ficaram presos nos corrimãos usados para organizar as filas. A boate foi tomada por uma fumaça preta e as pessoas não conseguiam enxergar nada. A maioria morreu asfixiada dentro dos banheiros ou na parte dos fundos da boate.

Com informações do repórter Renato Oliveira

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