"A vida dele mudou completamente", diz testemunha de defesa do vocalista da banda

"A vida dele mudou completamente", diz testemunha de defesa do vocalista da banda

Pedrinho Antônio Bortoluzzi é testemunha arrolada pela defesa de Marcelo de Jesus, integrante da banda Gurizada Fandangueira

Paulo Tavares

Pedrinho Antônio Bortoluzzi foi arrolado pela defesa de Marcelo de Jesus

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Pouco depois das 16h desta sexta-feira, o ex-magistrado e ex-professor universitário, Pedrinho Antônio Bortoluzzi, passou a ser questionado por promotores e advogados de defesa no julgamento da Boate Kiss, em Porto Alegre. Bortoluzzi foi arrolado pela defesa de Marcelo de Jesus, vocalista da banda Gurizada Fandangueira. O integrante do grupo foi elogiado por Bortoluzzi, que é seu patrão em uma firma de colocação de esquadrias, mas que após o incêndio na casa noturna, Marcelo mudou completamente. "Ele me fala muito pouco sobre isso. Ele sofre com isso. A vida dele mudou completamente. Ele tem consciência disso. Ninguém pode imaginar o que era estar naquela situação", disse. 

O ex-professor universitário disse que Marcelo é uma pessoa muito boa, sempre de bom humor. "É um sujeito tranquilo, bonachão", classificou Bortoluzzi, relatando que Marcelo trabalhou em uma obra nesta semana, mesmo estando se recuperando da Covid-19. Bortoluzzi recordou que Marcelo chegou a lhe convidar para ir à festa na boate Kiss, no dia 27 de janeiro. O ex-magistrado contou que estava na praia quando um amigo lhe ligou falando do incêndio na Kiss. Ele se disse surpreendido.  

Ao ser inquirido pelo Ministério Público, Bortoluzzi afirmou que Marcelo lhe disse mais de uma vez, chorando, que jamais teria acendido aquele fogo se imaginasse o que poderia acontecer. O vocalista da banda foi o responsável por acender o artefato pirotécnico que provocou o fogo na casa noturna. A promotora de Justiça, Lúcia Helena Callegari, perguntou se Marcelo teria alguma doença. Bortoluzzi disse não saber, a não ser a Covid-19. A promotora perguntou ainda se sabia se Marcelo tocava na banda e disse que sim. 

A promotoria quis saber se, na obra, Bortoluzzi havia visto se Marcelo tinha alguma queimadura ou tomava algum tipo de medicamento, o ex-magistrado disse que não. "Não vi nenhuma cicatriz. Até porque voltei a trabalhar com ele somente em 2015", contou Bortoluzzi. "Acredito que ele tenha sido atendido em algum hospital, pois nem estava em Santa Maria. Ele me disse que sim, teria sido atendido em um hospital."  O depoimento encerrou por volta das 16h33min. 


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