Abastecimento de combustíveis deve normalizar em até cinco dias

Abastecimento de combustíveis deve normalizar em até cinco dias

Agas crê que entrega de gêneros alimentícios deve sábado

Correio do Povo

Agas crê que entrega de gêneros alimentícios deve sábado

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Os setores mais impactados pelas manifestações dos caminhoneiros tentam se recuperar. Um deles é o de combustíveis. A estimativa é de que a normalização ocorra até a próxima segunda-feira. Durante os bloqueios, os caminhões que transportavam este tipo de carga eram os mais visados.

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De acordo com Sindicato Intermunicipal do Comércio Varejista de Combustíveis e Lubrificantes do RS (Sulpetro), 70% dos postos do Estado ficaram sem combustíveis em função da greve – que representam 2,2 mil estabelecimentos. “As companhias aumentaram ao máximo as suas frotas para recuperar os estoques. Porém, mesmo assim, sabemos que não será suficiente para normalizar tudo em 48 horas”, comentou o presidente Adão Oliveira.

Ele recordou ainda que alguns postos de combustíveis que nem chegam a ficar com o estoque cheio por muito tempo. “Há situações no Interior que já há filas de veículos para abastecer. O caminhão nem termina de despejar o combustível e boa parte já foi comercializada”, explicou ele, reconhecendo preocupação com os prejuízos dos bloqueios. A maioria das administrações dos postos ainda não conseguiu contabilizar o déficit. “A margem de lucro ocorre com base nas vendas. Sem comercialização, não haverá lucro e mais do que isso, porque a estrutura do posto segue funcionando”, alertou.

Assim como ocorre com os combustíveis, a normalização do abastecimento dos alimentos nos estabelecimentos gaúchos não se dará de maneira automática. Com o fim dos bloqueios e os caminhões retomando as suas rotas, os alimentos, em especial de hortifrutigranjeiros, voltarão a ser entregues, apesar do grande volume de produtos que estragou durante os protestos.

A estimativa do presidente da Associação Gaúcha de Supermercados (Agas), Antônio Cesa Longo, é de que até sábado seja normalizado a entrega dos alimentos nos estabelecimentos gaúchos. A Associação ainda não contabilizou todos os prejuízos do setor com a paralisação.

Na sede da Centrais de Abastecimento do Rio Grande do Sul (Ceasa) em Porto Alegre o estoque está garantido até o final da próxima semana. Segundo o diretor técnico operacional, Gerson Madruga, a situação mais crítica foi enfrentada com o bloqueio da BR 101, em Três Cachoeiras. Isso porque alguns produtos, como frutas tropicais (mamão, limão e manga), são compradas em outros estados. Então, com o bloqueio na rodovia, parte dessas cargas acabou não chegando a Porto Alegre.

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