Adolescente grava assédio e Uber decide banir motorista em Viamão
Em diálogo, jovem disse ter idade para ser filha do condutor, que responde que "faria coisas que teu pai jamais faria"
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Uma adolescente gravou e divulgou em uma rede social um caso de assédio sofrido durante uma corrida pelo aplicativo Uber, no domingo, em Viamão, na região Metropolitana. A empresa informou que o motorista teve a conta banida e não atua mais pela plataforma.
No vídeo, a jovem, de 17 anos, registra diálogo com o motorista, com a câmera virada para o próprio rosto. O condutor sugere que pode “namorar” com ela e que não há problema nisso, já que a menina é maior de 13 anos. A garota tenta se esquivar da conversa dizendo ter idade para ser filha dele. Nesse momento, o condutor responde: “não sou teu pai e faria coisas que teu pai não faria. Pode ter certeza”.
Nas redes sociais, a menina compartilhou o vídeo com a mensagem “sendo assediada pelo Uber, tá meninas?”. Em seguida, ela divulgou a foto do motorista e informou já ter denunciado o caso à empresa. A Uber, por meio de nota, afirmou que considera a conduta inaceitável e defende a importância de “combater, coibir e denunciar casos dessa natureza às autoridades competentes”.
Veja a nota da Uber
"A Uber considera inaceitável e repudia qualquer ato de violência contra mulheres. A empresa acredita na importância de combater, coibir e denunciar casos dessa natureza às autoridades competentes. A conta do motorista parceiro foi banida assim que a denúncia foi feita. A empresa defende que as mulheres têm o direito de ir e vir da maneira que quiserem e têm o direito de fazer isso em um ambiente seguro. Todas as viagens com a plataforma são registradas por GPS. Isso permite que em caso de incidentes nossa equipe especializada possa dar o suporte necessário, sabendo quem foi o motorista parceiro e o usuário, seus históricos e qual o trajeto realizado. Como parte do processo de cadastramento para utilizar o aplicativo da Uber, todos os motoristas passam por uma checagem de antecedentes criminais realizada por empresa especializada que, a partir dos documentos fornecidos pelo próprio motorista e com consentimento deste, consulta informações de diversos bancos de dados oficiais e públicos de todo o País em busca de apontamentos criminais, na forma da lei. A Uber também realiza rechecagens periódicas dos motoristas já aprovados pelo menos uma vez a cada 12 meses. Desde 2018 a Uber tem um compromisso público para enfrentamento à violência contra a mulher no Brasil, materializado no investimento em projetos elaborados em parceria com entidades que são referência no assunto, que inclui campanhas contra o assédio e podcast para motoristas parceiros sobre violência contra a mulher, entre outras ações. Em novembro, a Uber anunciou um investimento de R$ 5 milhões para continuidade desse compromisso ao longo dos próximos anos."