ANA autoriza uso da segunda cota do volume morto do Cantareira

ANA autoriza uso da segunda cota do volume morto do Cantareira

Segunda cota acrescentará mais 106 bilhões de litros ao sistema

Agência Brasil

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A Agência Nacional de Águas (ANA) autorizou nesta sexta-feira o uso da segunda cota da reserva técnica (volume morto) do Sistema Cantareira. A proposta de retirada gradual da reserva foi encaminhada à agência no último dia 10 pelo Departamento de Águas e Energia Elétrica do Estado de São Paulo (Daee).

“Esta agência manifesta concordância com a utilização da intitulada Reserva II, que se demonstra necessária em função da severa estiagem que levou à redução acentuada das vazões afluentes ao sistema equivalente neste ano”, diz o ofício da ANA.

O uso da segunda parte do volume morto terá, entretanto, que obedecer a regras que garantam o abastecimento da região metropolitana de São Paulo até abril do ano que vem, sem prejuízo para a bacia hidrográfica dos rios Piracicaba, Capivari e Jundiaí (PCJ). “A utilização de volumes adicionais deve ocorrer por meio de regras que visem à maior segurança dos reservatórios, mediante a autorização de parcelas sucessivas, que considerem um volume meta mínimo a ser garantido em abril de 2015”, acrescenta o comunicado.

A retirada de água da segunda cota do volume morto chegou a ser vetada por uma liminar judicial. Porém, a decisão foi suspensa pelo presidente do Tribunal Regional Federal da 3ª Região (TRF3), desembargador Fábio Prieto, a pedido da Companhia de Saneamento Básico do Estado de São Paulo (Sabesp) e do Daee. A ação foi proposta pelos ministérios públicos Estadual de São Paulo e Federal (MPF). A intenção era garantir que a primeira parte do volume morto não se esgotasse antes de 30 de novembro, o que prejudicaria as vazões para a bacia PCJ.

A Sabesp informou na quinta-feira que restavam apenas 40 bilhões de litros de água da primeira cota da reserva técnica do Cantareira, cuja retirada começou no dia 16 de maio. Segundo a empresa, a segunda cota acrescentará mais 106 bilhões de litros ao sistema. A presidenta da companhia, Dilma Pena, admitiu na quarta-feira, em depoimento na Câmara dos Vereadores, que, se não chover nos próximos dias, a primeira cota de volume morto pode acabar em meados de novembro.

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