Anvisa aprova pedido de uso emergencial de novas doses da Coronavac

Anvisa aprova pedido de uso emergencial de novas doses da Coronavac

Imunizante será disponibilizado ao Ministério da Saúde na próxima semana

R7 e Agência Brasil

Segundo o Butantan, as vacinas serão disponibilizadas ao Ministério da Saúde na próxima semana

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A Agência Nacional de Vigilância Sanitária (Anvisa) aprovou nesta sexta-feira o novo pedido de uso emergencial feito pelo Instituto Butantan de 4,8 milhões de doses da Coronavac. A vacina contra a Covid-19 é desenvolvida pela empresa chinesa Sinovac e será produzida no país pelo Instituto Butantan, em São Paulo.

O segundo pedido trata do envase, pelo próprio Instituto Butantan, da vacina em frasco-ampola multidose. Ou seja, as duas principais diferenças são o local de envase do imunizante e o tipo de embalagem que será utilizada.

A solicitação também se estende aos 46 milhões de doses já acordados com o Ministério da Saúde, sem necessidade de nova solicitação. Seis milhões de doses já foram fornecidos pelo Butantan para o início do plano nacional de vacinação, realizado na segunda-feira.

Após a gerência técnica da Anvisa recomendar a liberação do uso emergencial dessas doses, a relatora Meiruze Freitas, primeira diretora a votar, se manifestou a favor da aprovação. Em seguida, os diretores Romison Rodrigues Mota e Alex Campos seguiram o voto de Mariuze, formando a maioria simples necessária para a liberação.

A relatora endossou os pareceres da área técnica e apresentou seu voto a favor da autorização, colocando alguns condicionantes sobre o acompanhamento de aplicação do imunizante para obter mais informações sobre sua estabilidade.

“Mesmo em cenário de incerteza, uma vacina contra a Covid-19 segura, capaz de prevenir e reduzir mortalidade e morbidade, pode ser autorizada para o uso emergencial, em especial pelo contexto desta pandemia, onde há poucos tratamentos de suporte disponíveis e não há medicamentos registrados na Anvisa com indicações específicas para o tratamento da covid-19”, disse Meiruze.  

O diretor Rômison Mota seguiu a relatora, manifestando sua posição favorável à autorização uma vez que é possível concluir que “benefícios conhecidos e potenciais superam seus riscos conhecidos e potenciais”. O diretor Alex Campos foi o segundo a seguir o voto da relatora, fazendo menção aos alertas quanto ao cumprimento de monitoramento para avaliar as incertezas apontadas no relatório.

A diretora Cristiane Gomes foi na mesma linha. O presidente da Agência, Antônio Barra Torres, concluiu a votação também acompanhando a posição da diretora Meiruze Freitas e fechando a aprovação por unanimidade.

Novo pedido

O novo pedido foi feito na segunda-feira, um dia após a aprovação, por unanimidade, do pedido de uso emergencial de 6 milhões de doses da Coronavac que já estavam em território nacional, e de 2 milhões da vacina de Oxford, que chegaram nesta sexta-feira da Índia - primeiros imunizantes contra a Covid-19 aprovados para uso no país.

Os documentos apresentados pelo Butantan - desta vez, 933 páginas - foram analisados por duas áreas técnicas da Anvisa: área de eficácia, segurança e qualidade da vacina e área de inspeção e fiscalização. Não foi preciso fazer a avaliação de gerenciamento de riscos, pois ela já havia ocorrido no domingo. 

A decisão será publicada no portal da Anvisa e passa a valer a partir do momento em que o laboratório for comunicado oficialmente. Isso deve ocorrer no prazo de duas horas após a reunião, de acordo com a agência. Segundo o Butantan, as vacinas serão disponibilizadas ao Ministério da Saúde na próxima semana.

A aprovação desse segundo pedido ocorre quatro dias depois da solicitação - a primeira levou nove dias. Entre os fatores que facilitaram essa segunda aprovação é um volume maior de documentos já ter sido revisado para a primeira autorização. "Muitos documentos, estudos e dados são comuns aos dois pedidos", ressaltou a Anvisa.


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