Anvisa recebe pedido de uso emergencial da vacina da CanSino

Anvisa recebe pedido de uso emergencial da vacina da CanSino

A agência tem sete dias úteis para avaliar a solicitação feita pelo laboratório Biomm, representante do imunizante no Brasil

R7

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A Anvisa (Agência Nacional de Vigilância Sanitária) informou por meio de nota nesta quarta-feira, 10, que recebeu o pedido de uso emergencial da vacina Convidecia, fabricada pela CanSino. A solicitação foi feita pelo laboratório Biomm, representante do imunizante no Brasil.

De acordo com o comunicado, o pedido foi enviado na segunda-feira, 8, e já está sendo avaliado pela equipe técnica; o prazo de análise é de sete dias úteis, sem contar o tempo do processo de exigência técnica, que é quando o laboratório precisa responder questões feitas pela Anvisa.

“Nos pedidos de uso emergencial, as primeiras 24 horas são dedicadas a uma triagem do processo para verificar se os documentos necessários estão disponíveis. Se houver informações importantes faltando, a agência pode solicitar as informações adicionais ao laboratório”, diz a nota.

O que se sabe sobre a vacina da CanSino

Aplicada em dose única, a vacina anti-Covid foi desenvolvida pelo laboratório CanSino Biologics, na China. Em maio deste ano, uma outra empresa chegou a pedir o uso emergencial do imunizante, mas o processo foi encerrado pela Anvisa devido ao rompimento da relação comercial entre o laboratório chinês e o representante brasileiro.

No mês de fevereiro, a farmacêutica anunciou que os testes clínicos detectaram uma eficácia de 65,7% contra todos os casos sintomáticos da Covid-19, 28 dias após a aplicação da vacina. Nos casos graves, a eficácia é de 90,98%, quatro semanas depois de aplicada.

Assim como a Sputnik V, a vacina da Astrazeneca e da Janssen, o imunizante é produzido a partir de um adenovírus não replicante, que transporta pedaços do material genético do SARS-CoV-2 e induz o organismo a produzir um resposta imune ao vírus.

Os ensaios clínicos da Convidecia foram desenvolvidos com 30 mil pessoas em cinco países: Paquistão, Rússia, Chile, Argentina e México. Os dados desses estudos serão analisados pela Anvisa.


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