Anvisa solicita ao Butantan mais informações para avaliar vacinação com Coronavac em crianças

Anvisa solicita ao Butantan mais informações para avaliar vacinação com Coronavac em crianças

Especialistas e técnicos da agência encontraram lacunas importantes nos dados apresentados na reunião

Correio do Povo

O comitê é formado por especialistas do Instituto Butantan

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Após promover uma reunião entre especialistas e cientistas das áreas de pediatria e imunologia com representantes do Butantan nessa terça-feira, a Anvisa pediu mais informações ao instituto para avaliar a liberação da Coronavac para a vacinação de crianças de cinco a 11 anos.  

O órgão entendeu que há informações ausentes no processo e por isso irá encaminhar uma série de questionamentos sobre dados que impedem a conclusão da análise pela Agência. De acordo com a nota da Anvisa, o encontro foi dividida em dois momentos, sendo que na primeira parte os pesquisadores do Butantan apresentaram dados disponíveis sobre estudos da Coronavac em crianças e responderam questões de especialistas externos. 

Mais tarde, a reunião seguiu sem a presença de integrantes do Butantan. Os especialistas externos e os técnicos da Anvisa discutiram as suas análises sobre a apresentação que foi feita anteriormente. A avaliação foi de que há lacunas importantes nos dados do instituto que ainda impedem afirmar de forma científica o grau de imunidade gerado nas crianças e adolescentes. Conforme os técnicos da Anvisa, não houve uma mudança entre os dados apresentados ontem e o pedido datado de julho de 2021, indeferido na ocasião. 

Por enquanto, somente a vacina da Pfizer foi autorizada pela Anvisa para ser usada em crianças na vacinação contra a Covid-19. O início da campanha, no entanto, está pendente porque ainda precisa do aval do Ministério da Saúde. A pasta, por sua vez, não tem pressa na liberação que, segundo o ministro Marcelo Queiroga, deve ocorrer "sem açodamento". A previsão é de que depois de 5 de janeiro o ministério deva tomar uma decisão sobre a imunização do público infantil. 

"Após o dia 5 (de janeiro), haverá um posicionamento do Ministério da Saúde que será fundamentado em normas técnicas. Não é um comunicado público que vai fazer a Pasta se posicionar de uma maneira ou de outra. Eu preciso de toda a análise, da qualidade, da evidência científica, amostra de pacientes em ensaios clínicos. Nós temos que verificar tudo. A pressão é inimiga da perfeição. O principal é a segurança", argumentou Queiroga. 

 


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