Após decisão do STF, casal gay registra união estável no Paraná

Após decisão do STF, casal gay registra união estável no Paraná

Casal passou por quatro cartórios antes de encontrar um que fizesse o registro da união civil

Correio do Povo

Após decisão do STF, casal gay registra união estável no Paraná

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O presidente da Associação Brasileira de Lésbicas, Gays, Bissexuais, Travestis e Transexuais (ABGLT), Toni Reis, e seu companheiro David Harrad, juntos há 21 anos, registraram sua união estável no 6º Tabelionato de Curitiba (PR) nesta segunda-feira. O casal foi auxiliado por três advogados e passou por quatro cartórios antes de encontrar um que fizesse o registro da união civil.

Segundo Toni, eles levarão os documentos para a Vara da Infância e Adolescência, para facilitar um processo de adoção. Desde 2005, eles tentam adotar duas crianças.

Decisão do STF


Na quinta-feira, o Supremo Tribunal Federal (STF) decidiu equiparar as relações entre homossexuais às uniões estáveis entre heterossexuais. Por unanimidade, a união homoafetiva foi reconhecida como um núcleo familiar como qualquer outro, ficando suscetível aos mesmos direitos e obrigações de casais formados por homens e mulheres.

Para Reis, a decisão do STF foi um avanço para o país, que passou a incluir mais as pessoas. Ele acredita que o Brasil não será o último país a legalizar a união homossexual. "Foi uma grande conquista dos princípios da igualdade, liberdade, dignidade humana e segurança jurídica. A cidadania venceu."

Com a decisão do STF, na prática, os casais homossexuais, para serem reconhecidos em uma união estável, precisam cumprir os mesmo requisitos de casais heterossexuais, como convivência pública, duradoura e contínua. A exigência de um prazo mínimo de convivência foi abolida em 1996. Para reconhecer a união, eles devem procurar um cartório e registrar a estabilidade da relação.

Com a decisão, 112 direitos que até então eram exclusivos aos casais formados por homem e mulher poderão ser estendidos aos casais homossexuais, como comunhão de bens, pensão alimentícia, pensão do INSS, planos de saúde e herança. Mas como todos esses processos envolvem a Justiça, os casais homossexuais ainda terão de encarar os tribunais para fazer valer seus direitos, mas agora da mesma forma que casais heterossexuais.

As informações são do portal R7.


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