Após protesto de moradores, CEEE trabalha para reestabelecer energia no Morro da Cruz

Após protesto de moradores, CEEE trabalha para reestabelecer energia no Morro da Cruz

Comunidade estava sem luz desde o temporal de domingo

Giullia Piaia

A equipe da CEEE foi escoltada pela BM

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No final da tarde desta terça-feira, por volta das 18h, um protesto começou no Morro da Cruz, zona Leste de Porto Alegre. Os moradores do bairro reclamavam da falta de energia elétrica que acometia o bairro desde domingo, quando postes de luz cederam com a força do vento e da chuva.

Segundo os moradores, funcionários da CEEE chegaram a comparecer no bairro na noite de segunda-feira, porém, devido às condições dos postes, não teriam achado seguro fazer a reeligação da eletricidade. Durante a manifestação, no cruzamento entre a rua Ernesto Araújo e a rua Martins de Lima, galhos, lixo e, até mesmo, colchões foram queimados, bloqueando o acesso. "Nós ligávamos para a CEEE, mas eles não davam retorno, falaram que iriam vir só na sexta-feira", explicou Elisângela Matos, moradora do local.

Os vizinhos se organizaram para chamar a atenção da concessionária. "Quando a gente foi ver já tinha muita gente lá e cada um foi na sua casa pegar madeira, colchão, tudo para colocar fogo lá na esquina", contou uma mulher que não quis se identificar. Segundo ela, no começo do protesto a Brigada Militar (BM) teria tentado intervir, mas ao ver a quantidade de moradores envolvidos teriam liberado o protesto. "Nos falaram para ter calma que a CEEE iria vir e ficamos esperando. Só vieram por que insistimos."

Por volta das 22h, a equipe da CEEE ainda trabalhava para reestabelecer o fornecimento de energia. A BM realizava a escolta dos trabalhadores e os moradores seguiam o caminhão, observando os reparos. "O mercado aqui perto teve que jogar muita carne fora. Sem falar que o poste do jeito que está poderia cair em cima das casas", reclamou Elisângela.

"Eu faço uso de insulina e estragou tudo sem geladeira. Agora tenho que pedir à Secretaria da Saúde que troque a medicação. Sem falar no resto da alimentação que eu perdi, margarina virou água, o leite azedou", relatou Marlene Santos, que observava os trabalhadores da CEEE.


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