Após reforma, escola de Realengo volta a funcionar nesta segunda-feira

Após reforma, escola de Realengo volta a funcionar nesta segunda-feira

Instituição Tasso da Silveira foi palco do massacre que vitimou doze estudantes no Rio de Janeiro

Correio do Povo

Após reforma, escola de Realengo volta a funcionar nesta segunda-feira

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Totalmente reformada, segundo o diretor Luiz Marduk, a escola Municipal Tasso da Silveira, em Realengo, zona Oeste do Rio de Janeiro, reabre as portas na tarde desta segunda-feira para receber professores e alunos, na tentativa de retomar a rotina após o massacre do dia 7 de abril, quando o atirador Wellington Menezes de Oliveira, de 23 anos, matou 12 estudantes. As informações são do portal R7.

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As aulas, entretanto, só devem recomeçar em três semanas, conforme anunciou a secretária municipal de Educação, Cláudia Costin. Enquanto isso, todos passarão por atividades para ajudar a superar o trauma. A primeira delas, realizada nesta segunda-feira, será uma aula audiovisual, quando os alunos vão pintar e escrever frases nos degraus da escada onde o assassino se matou com um tiro na cabeça após ser baleado pelo sargento Alves, da Polícia Militar.

Para o psicanalista Lúcio Artioli, atividades em que alunos e funcionários possam expressar os sentimentos tendem a ajudar na superação de traumas. "É uma forma de simbolizar o que é difícil de falar. Não se trata de aliviar o que é tão pesado, mas de dar outro simbolismo a toda essa tragédia. É importante para que as pessoas consigam seguir em frente. Agora, se fará algum efeito, só saberemos daqui a alguns anos. Dificilmente eles irão esquecer, mas podem apreender a conviver com a lembrança daquele dia."

Para deixar a escola pronta para as novas tarefas, as obras de reforma foram intensas durante todo o fim de semana. Paredes foram pintadas com novas cores e as salas invadidas pelo atirador foram desativas e transformadas em sala de leitura e em laboratório de informática.

A Secretaria Municipal de Educação também comprou nova mobília e até um aquário. Segundo Marduk, o objetivo é reconstruir a escola. "Estamos trabalhando para apagar as imagens do dia do massacre. A escola foi modificada justamente para não lembrar mais a antiga, a da tragédia", disse o diretor da escola.


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