Apenas duas estações de controle de qualidade de ar funcionam em Porto Alegre

Apenas duas estações de controle de qualidade de ar funcionam em Porto Alegre

Fepam tem ao todo seis unidades na Capital e 14 no Rio Grande do Sul

Mauren Xavier

Fepam tem ao todo seis unidades na Capital e 14 no Rio Grande do Sul

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De um total de seis estações que deveriam fazer o controle da qualidade do ar em Porto Alegre, apenas duas estão em operação. Porém, mesmo essas duas, mantidas pela Secretaria de Meio Ambiente da Capital (Smam), não funcionam em sua plenitude.

A unidade do Centro, localizada na esquina das avenidas Borges de Medeiros e Salgado Filho, mede os índices de dióxido de enxofre e dióxido de nitrogênio, com um equipamento para o monóxido de nitrogênio em manutenção. Já a estação do Humaitá, na avenida José Aloísio Filho, mede os mesmos dois poluentes do Centro e a taxa de Ozônio, mas dois equipamentos estão em manutenção para monóxido de carbono e material particulado. “Nosso grande desafio é manter em funcionamento e operar as tecnologias, pois o valor é muito elevado e o poder público tem dificuldades para colocar à disposição essa verba”, explica o chefe da equipe de Controle das Atividades Industriais da Smam, Gláuber Zetter Pinheiro.

A Prefeitura tem também uma unidade na Azenha, mas ela está desativada há cerca de cinco anos porque o analisador está com defeito. Ainda não há previsão para voltar a funcionar. “Essas medições são importantes para a garantia de saúde da população. Há uma resolução que norteia os índices máximos permitidos e precisamos fazer esse controle”.

Enquanto isso, os três containers sob responsabilidade da Fundação Estadual de Proteção Ambiental (Fepam) estão sem fazer o monitoramento também há aproximadamente cinco anos. “Os equipamentos são importados e de alto custo, por isso as licitações são difíceis. Algumas tentativas foram feitas, mas depois o plano não foi aprovado por falta de recursos”, conta o coordenador da Rede Ar do Sul da Fepam, Márcio D’Ávila Vargas.

Os custos de manutenção variam de 10% a 20% do valor total de cada estação. Por exemplo, Pinheiro estima que na estação Humaitá o investimento anual seja de R$ 130 mil.

A Fepam tem ao todo 14 unidades no Estado, mas apenas cinco estão fazendo o monitoramento. Elas estão localizadas em Canoas, Charqueadas, Esteio, Gravataí e Triunfo. Dessa forma, a fundação afirma não ter verificação na Capital, as análises ocorrem a partir dos dados das cidades da Região Metropolitana. Nesta semana, a estação localizada em frente a Rodoviária de Porto Alegre foi arrombada e os equipamentos furtados, entre eles dois radioativos. Nesta quinta-feira, o responsável pela estação prestou depoimento à polícia. Segundo a assessoria de imprensa da Fepam, os equipamentos radioativos ainda não foram localizados.

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