Apesar da falta de água, moradores têm pago valores superiores pelo serviço, diz defensora

Apesar da falta de água, moradores têm pago valores superiores pelo serviço, diz defensora

Defensoria Pública aguarda documentos do Dmae para tentar solucionar problema na Lomba do Pinheiro

Correio do Povo

Moradores da Lomba do Pinheiro realizaram manifestação cobrando Dmae

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O calor escaldante combinado com a falta de água, que já dura cinco dias na Lomba do Pinheiro, bairro da zona Leste de Porto Alegre, chamou a atenção da Defensoria Pública do Rio Grande do Sul. O órgão já enviou um ofício ao Departamento Municipal de Água e Esgoto (Dmae) solicitando informações sobre o problema de calamidade pública. Em entrevista à Rádio Guaíba, a defensora Rafaela Consalter relatou que há casos em que moradores da região estão pagando valores superiores pelo serviço que está suspenso.  

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"Estamos monitorando a situação. Tínhamos a notícia de que seria regularizada ontem à noite (quarta-feira), mas não aconteceu. Deslocamos uma equipe para a Lomba do Pinheiro e vimos que não era uma situação isolada. Exatamente por isso fizemos o ofício. Encontramos relatos variados, mas há casos em que, como se não bastasse a suspensão do abastecimento de água, alguns moradores seguem pagando pelo serviço e outros estão pagando valores superiores aos meses anteriores", disse Rafaela ao programa Direto ao Ponto. 

A Defensoria tomou conhecimento de que um caminhão pipa chegou às 15h no bairro. "Este não é o horário mais adequado, até porque as pessoas estão trabalhando e não têm condições de fazer um provisionamento", argumentou. 

A defensora pública ainda explicou que o órgão pretende com o ofício enviado ao Dmae. "Esse documento quer um mapeamento dos locais onde há falta de água, além de medidas emergenciais da autarquia para minimizar a situação. Queremos saber também as medidas a médio e longo prazo e se há planejamento para uma solução definitiva", explicou Rafaela. 

Prazo 

Conforme Rafaela, o Dmae tem até segunda-feira para responder o ofício da Defensoria Pública. "Nós queremos minimizar a situação emergencial, mas vamos seguir atentos para buscar uma solução mais duradoura para a comunidade da Lomba do Pinheiro. Demos um prazo razoável de resposta para o ofício porque não queremos uma resposta padrão. Queremos dados que nos permitam estudar alternativas e propor soluções, até as medidas mais simples, que tenham efeito prático", frisou. 

Rafaela Consalter destacou que, no primeiro momento, a Defensoria Pública irá buscar o diálogo com o Dmae para resolver a situação da falta de água na Lomba do Pinheiro. "Se não houver condições de resolvermos neste sentido, vamos tentar buscar outras soluções. Sabemos que o problema vem de anos anteriores, quando ocorria a suspensão do abastecimento e em seguida o racionamento. Neste momento, no entanto, desde o final de dezembro até agora, o problema é contínuo. As casas têm ficado cinco dias sem água. Queremos uma solução coletiva e não iremos mais tratar casos de maneira individual", concluiu. 

A reportagem entrou em contato com o Dmae através da sua assessoria de imprensa, mas ainda não obteve retorno sobre o assunto. 

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