Apesar do apelo do governo, protestos de PMs seguem no Estado

Apesar do apelo do governo, protestos de PMs seguem no Estado

Foram registradas sete barreiras com queima de pneus

Rádio Guaíba e Correio do Povo

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Apesar do governo ter condicionado a apresentação de uma nova proposta de reajuste salarial aos policiais militares (PMs) gaúchos ao fim dos protestos, pelo menos sete novas barreiras com queima de pneus foram registradas nesta sexta-feira no Estado. Nesta manhã, uma barreira bloqueou a rua da Integração, na divisa entre Novo Hamburgo e São Leopoldo. Cerca de 20 pneus foram incendiados na ERS 239, em Parobé, no Vale dos Sinos. O trânsito no sentido Taquara-Sapiranga ficou em meia pista. O combate as chamas foi feito pelos bombeiros.

Durante a madrugada, houve dois protestos na Serra, ambos na RSC 453: no km 102, em Garibaldi e no Km 109, em Farroupilha. Nos dois trechos, a rodovia ficou interrompida por cerca de meia hora para o combate às chamas, mas os bloqueios não chegaram a atrapalhar o fluxo de veículos. Em Sarandi, no Norte do Estado, o protesto ocorreu no km 133,7 da BR 386. A pista também ficou interrompida por cerca de 25 minutos, mas não prejudicou o tráfego. Na BR 285, o protesto ocorreu no km 33,8 em Carazinho, no Alto do Jacuí. Na BR 101, a barreira foi montada no km 85, em Osório, no Litoral Norte.

O comandante geral da Brigada Militar, coronel Sérgio Roberto de Abreu, se reuniu, no fim da tarde desta quinta-feira, com o governador Tarso Genro para tratar da negociação sobre o reajuste dos policiais militares. No encontro, Abreu pediu ao governador que o diálogo não seja interrompido em função do que ele considera “manifestações isoladas” de policiais. “Esses atos atrapalham as negociações e não favorecem o diálogo”, afirmou, referindo-se às recentes queimas de pneus.

Identirficados suspeitos

A Brigada Militar já identificou três suspeitos de participarem dos protestos com queima de pneus, em diversos pontos do Estado, por melhores salários na corporação. De acordo com o comandante-geral da BM, coronel Sérgio Roberto de Abreu, os participantes não são oficiais da ativa.

Um inquérito foi instaurado para que outros envolvidos com os 23 ataques já ocorridos desde o começo de agosto tenham a identidade revelada. A intenção da corporação é descobrir se foram oficiais da reserva ou civis os autores dos protestos.


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