Aplicativo auxilia mulheres que precisam de apoio contra violência de gênero
Serviço para Porto Alegre foi lançado nesta segunda, aniversário da Lei Maria da Penha
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No ícone “Assistência à Mulher” é possível ver os serviços existentes, como os locais onde há centros de referência, casas de abrigo, delegacias e serviços judiciais, além de hospitais de referência e pronto atendimentos e entidades que atuam em favor da mulher. Segundo a coordenadora de Políticas Públicas Para Mulheres e do Centro de Referência e Atendimento da Mulher de Porto Alegre, Fernanda Machado, o objetivo é facilitar o acesso às informações, além de mostrar às vítimas os diferentes tipos de agressão. “Muitas vezes as mulheres não percebem o que está acontecendo e, em outras, não sabem onde buscar apoio”, explicou.
Em relação aos tipos de violência à mulher, o aplicativo traz os diferentes níveis de agressão e o que deve ser feito. Por exemplo, entre o nível 1 e 9, que envolve piadas ofensivas, chantagens, mentiras, ridicularizar ou humilhação em público, as mulheres devem estar atentas e buscar entidades especializadas para ampliar na conscientização. Mas, se estiver entre os níveis 10 e 18, que consta xingamentos, aranhar, empurrar, controlar e ameaçar, o ideal é que as mulheres reajam buscando centros de referência. Já os casos mais graves, como ameça com armas, abuso sexual e lesão corporal, é preciso buscar urgentemente delegacias ou os centros de referência.
Seminário debateu ações para proteger as mulheres
O lançamento ocorreu pela manhã, durante o Seminário de Valorização e Informação dos Direitos das Mulheres de Porto Alegre. Realizado na Câmara de Vereadores, o encontro buscou debater ações para coibir esse tipo de crime, aproveitando o aniversário de 11 anos da Lei Maria da Penha. Segundo dados do IBGE, a cada ano mais de um milhão de mulheres são vítimas de violência doméstica no Brasil. “É preciso ampliar o esclarecimento”, afirmou a procuradora especial da Mulher na Câmara de Vereadores, Comandante Nádia.
Presente no evento, a secretária municipal de Desenvolvimento Social, Maria de Fátima Záchia Paludo, ressaltou que a importância da lei. “A Maria da Penha veio muito contestada. Ela não foi feita só para punir o homem, mas para defender a mulher. Ela precisa se sentir protegida pelo Estado se for agredida”, afirmou a secretária. O debate contou ainda com depoimentos e apresentação de ações em favor ao atendimento da mulher vítima de violência.