Assembleia de Mulheres faz ato na Esquina Democrática
Mulheres tiveram oportunidade de usar microfone para serem ouvidas no Centro de Porto Alegre
publicidade
A Assembleia de Mulheres, como é chamada a ação, foi organizada pelo movimento 8M Greve, que estabeleceu a data como Greve Internacional de Mulheres. “Nos revoltamos, nos rebelemos e nos organizamos no mundo inteiro, irmanadas para superar essa lógica absurda que considera metade da população do planeta menor, menos”, afirmou uma das integrantes do movimento, Zadi Zaro. Segundo ela, a ideia da iniciativa, que já havia sido realizada na semana anterior no Largo Glênio Peres, não tem necessariamente um caráter de militância, já que toda a mulher tinha a oportunidade de participar.
A Assembleia, marcada para ocorrer às 15h, acabou atrasando, devido a um evento que também ocorria na Esquina Democrática. Realizado com parceria privada e com a participação de homens, o ato incomodou algumas das manifestantes: “Uma empresa privada tirando o espaço do movimento social, falando em direitos das mulheres, dando flores, enquanto nós não tínhamos a voz, não tínhamos microfone”, reclamou Mariam Pessah. “A Assembleia de Mulheres é um microfone aberto para que toda mulher possa se manifestar”, definiu Lara Werner, também integrante do M8.
Depois de encerrar o ato, por volta das 17h, as mulheres seguiram para o Largo Glênio Peres, onde se juntaram a outros movimentos para caminhada nas ruas da cidade no final da tarde. O grupo saiu em marcha pelas ruas da Capital em seguida.