Assembleia de Mulheres faz ato na Esquina Democrática

Assembleia de Mulheres faz ato na Esquina Democrática

Mulheres tiveram oportunidade de usar microfone para serem ouvidas no Centro de Porto Alegre

Henrique Massaro

Mulheres fizeram ato na Esquina Democrática, nesta quinta-feira

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Mais do que homenagens pelo Dia Internacional da Mulher, a voz foi dada a todas as mulheres que passaram pela Esquina Democrática, em Porto Alegre, na tarde desta quinta-feira. Como parte das mobilizações que ocorreram na dia, um microfone e alto-falantes foram instalados no local, permitindo a todas que passassem por ali pudessem falassem para que a sociedade ouvisse.

A Assembleia de Mulheres, como é chamada a ação, foi organizada pelo movimento 8M Greve, que estabeleceu a data como Greve Internacional de Mulheres. “Nos revoltamos, nos rebelemos e nos organizamos no mundo inteiro, irmanadas para superar essa lógica absurda que considera metade da população do planeta menor, menos”, afirmou uma das integrantes do movimento, Zadi Zaro. Segundo ela, a ideia da iniciativa, que já havia sido realizada na semana anterior no Largo Glênio Peres, não tem necessariamente um caráter de militância, já que toda a mulher tinha a oportunidade de participar.

A Assembleia, marcada para ocorrer às 15h, acabou atrasando, devido a um evento que também ocorria na Esquina Democrática. Realizado com parceria privada e com a participação de homens, o ato incomodou algumas das manifestantes: “Uma empresa privada tirando o espaço do movimento social, falando em direitos das mulheres, dando flores, enquanto nós não tínhamos a voz, não tínhamos microfone”, reclamou Mariam Pessah. “A Assembleia de Mulheres é um microfone aberto para que toda mulher possa se manifestar”, definiu Lara Werner, também integrante do M8.



Depois de encerrar o ato, por volta das 17h, as mulheres seguiram para o Largo Glênio Peres, onde se juntaram a outros movimentos para caminhada nas ruas da cidade no final da tarde. O grupo saiu em marcha pelas ruas da Capital em seguida.

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