Até agosto, 17,9 milhões fizeram teste para diagnóstico da Covid-19, diz IBGE
Apenas 4,5 milhões não fizeram qualquer medida de restrição em agosto
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Até agosto deste ano, 17,9 milhões de pessoas fizeram algum teste para identificar se estavam contaminadas com o coronavírus, segundo a Pnad Covid19 (Pesquisa Nacional por Amostra de Domicílios - Pnad Covid19), divulgada nesta quarta-feira (23) pelo IBGE (Instituto Brasileiro de Geografia e Estatística). O número aumentou 34,4% frente a julho deste ano e equivale a 8,5% da população de todo o país.
Das pessoas que fizeram o teste, 3,9 milhões foram diagnosticadas com a doença (21,6%).
O exame de sangue com coleta por furo no dedo foi o método mais comum, utilizado por 8 milhões. Destes, 17,6% confirmaram a infecção pelo coronavírus. Em seguida aparece o swab, em que os profissionais fazem a coleta do material biológico da boca e/ou nariz com uma haste, usado por 6,9 milhões - houve confirmação do diagnóstico para 25,2% dos testados.
Também foram feitos 5,3 milhões fizeram o teste de coleta de sangue através da veia no braço, sendo 24,7% com a doença confirmada.
A maior parte dos testes foi realizada no Distrito Federal (19,4%), seguido por Piauí (14,4%) e Roraima (12%). Já Pernambuco (5,8%), Acre (6%) e Minas Gerais (6,1%) registraram os menores percentuais de realização de testes.
Perfil dos testados
A maior parte dos testados são pessoas com maior renda. Segundo o IBGE, 21,7% do grupo de rendimento domiciliar per capita acima de quatro salários mínimos foram testados, enquanto percentual fica abaixo de 5% entre as pessoas que ganham até meio salário mínimo.
Para a coordenadora da pesquisa, Maria Lucia Vieira, quem tem condições, já faz o exame nos laboratórios. "Não existem indícios que há mais contaminação entre os que têm mais renda, mas a gente tem mais pessoas fazendo o teste entre aqueles que possuem mais renda”, afirma.
Isolamento social
Entre os 211,3 milhões de residentes, 4,5 milhões (2,1%) não fizeram qualquer medida de restrição em agosto, 74,9 milhões (35,5%) reduziram o contato, mas continuaram saindo de casa, 88 milhões (41,6%) ficaram em casa e só saíram em caso de necessidades básicas, e 42,4 milhões (20,1%) ficaram rigorosamente isolados.
Segundo o IBGE, as mulheres registram percentuais de isolamento maiores que os homens. Em relação às idades, a restrição ficou mais entre aqueles com até 13 anos (89,6%). Em agosto, o percentual desse grupo nas categorias mais rígidas de isolamento ultrapassou o grupo de 60 ou mais anos (81,2%).
Desemprego
Em agosto, a população desocupada chegou a 12,9 milhões de pessoas, frente a 12,3 milhões em julho. Em maio, quando a pesquisa começou a ser produzida, o país tinha 10,1 milhões de desempregados.