Atendimento em tendas de triagem para suspeitos do Covid-19 tem ritmo moderado em Porto Alegre

Atendimento em tendas de triagem para suspeitos do Covid-19 tem ritmo moderado em Porto Alegre

População tem optado buscar as Unidades Básicas de Saúde antes de ir aos hospitais

Eduardo Amaral

Sistema está conseguindo dar conta da demanda de momento, disse gerente de emergências do GHC, Alexandre Bessil

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A busca pelas tendas de triagem para suspeitos do novo coronavírus tem seguido um ritmo moderado. Instalados em Porto Alegre no dia 23 de março, os espaços têm recebido pacientes, mas em um ritmo ainda suportável e sem risco de sobrecarregar o sistema. Na avaliação de profissionais da área, a população tem optado por buscar as Unidades Básicas de Saúde (UBS) antes de tentar atendimento em locais para maior complexidade.

Referência no atendimento da Covid-19, o Grupo Hospitalar Conceição (GHC) instalou um centro de triagem ao lado do prédio da Faculdade de Ciências de Saúde do Grupo Hospitalar Conceição (FACS-GHC). Desde que começou a funcionar, foram atendidos mais de 1,5 mil pessoas. Uma média de 65 por dia. 

Gerente de emergências do GHC, Alexandre Bessil acredita que como as pessoas têm procurado hospitais apenas em casos de maior gravidade, o sistema está conseguindo dar conta da demanda de momento. “O grande volume está nas UBS. Só estão procurando hospital em casos mais graves. Esse comportamento está sendo fundamental para as emergências dos hospitais.”

Bessil acredita que não deve haver grandes mudanças nesse quadro nas próximas semanas. Com as tendas de atendimento, a Secretaria Municipal de Saúde (SMS) tenta evitar que pessoas com sintomas gripais circulem pelos hospitais.

Coordenador da Escola Técnica GHC, denominada CETEPS, Abraão Arús, explicou que os procedimentos de atendimento no local seguem protocolos mais rigorosos. Os pacientes que procuram o local têm diversas restrições de aproximação com os profissionais, e os médicos que os atendem pessoalmente usam proteção extra. A higienização também é mais constante.

A triagem inicial é feita com os enfermeiros. Caso seja avaliada a necessidade de consulta, o paciente é encaminhado para um dos quatro consultórios montados no local. “Se fechar o quadro, aí a pessoa vai para o médico e ele avalia se haverá coleta de sangue para o teste ou não”, explicou Arús.

Uma sala foi preparada para receber casos mais graves e que precisem de internação. No local, os pacientes são atendidos para depois serem levados ao hospital.

Tendas de triagem também foram montadas em frente ao pronto atendimentos Cruzeiro do Sul, Bom Jesus, Lomba do Pinheiro, nos hospitais Restinga Extremo Sul, Vila Nova e Hospital Materno Infantil Presidente Vargas.


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