Ato contra terceirização reúne dezenas na Esquina Democrática

Ato contra terceirização reúne dezenas na Esquina Democrática

Grupo protestou contra PL 4.330 em Porto Alegre

Correio do Povo

Grupo protestou na Esquina Democrática, em Porto Alegre

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*Com informações da repórter Mauren Xavier

Uma manifestação de integrantes da Central de Trabalhadores e Trabalhadoras do Brasil (CTB) e da Central Única dos Trabalhadores (CUT) reuniu dezenas de pessoas na manhã desta terça-feira. O grupo protestou em frente à Prefeitura de Porto Alegre e depois se concentrou na Esquina Democrática. Em seguida, os manifestantes se dirigiram à Assembleia Legislativa do Estado, onde conversaram com deputados sobre o Projeto de Lei (PL) 4.330/2004, que pode ser votada hoje na Câmara dos Deputados. A PL amplia a terceirização no mercado de trabalho e, segundo os sindicalistas, retira direitos trabalhistas.

Nesta manhã ocorreram manifestações em aeroportos de diversas capitais brasileiras contra o projeto de Lei. Em Porto Alegre, o ato no Aeroporto Internacional Salgado Filho teve início às 5h com apoio da CTB e da CUT. Foram distribuídos materiais explicativos sobre o PL.

Segundo o presidente da CTB-RS, Guiomar Vidor, o PL é um retrocesso do ponto de vista da relação de trabalho, porque amplia a terceirização para todos os setores. De acordo com ele, o projeto de lei generaliza a terceirização, que atualmente fica restrita à atividade meio das empresas. "Como consequência afetará direitos sociais, trabalhistas e previdenciários", alertou.

Conforme Vidor, o PL acabaria com o conceito de organização de categoria e implicaria em reduções salariais. Ele citou uma pesquisa do Dieese que apontou que o trabalhador terceirizado ganha, em média, 30% menos do que o contratado diretamente pela empresas.

Entre os aspectos mais preocupantes do PL, segundo Vidor, estão a liberação da terceirização para a atividade fim da empresa e o término da solidariedade entre as terceirizadas e as empresas tomadoras do serviço. Isso significa que, se um trabalhador foi contratado para trabalhar numa empresa por meio de uma terceirizada, terá de exigir seus direitos perante a terceirizada e só depois recorrer à empresa que terceirizou o serviço.


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