Ato lembra vítimas da Covid-19 e pede proteção aos trabalhadores e desempregados

Ato lembra vítimas da Covid-19 e pede proteção aos trabalhadores e desempregados

Participantes usavam máscaras e cumpriam recomendações sanitárias

Gabriel Guedes

Ato aconteceu no Largo Glênio Peres

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O Largo Glênio Peres, no Centro de Porto Alegre, voltou a receber um ato popular no final da manhã desta sexta-feira. Centrais sindicais promoveram o Dia Nacional de Luta, em defesa da vida e do emprego. A manifestação foi um ato simbólico, já que não é possível ter aglomerações em decorrência da pandemia de Covid-19. Os participantes estiveram usando máscaras de proteção e respeitando o distanciamento social e as demais recomendações sanitárias da Organização Mundial de Saúde (OMS). 

Marcou o ato também um culto ecumênico, com participação de vários religiosos, e a soltura de 100 balões pretos, como forma de luto, em memória aos 100 mil mortos na pandemia do coronavírus no país, que também já infectou mais de 2,8 milhões de brasileiros e brasileiras. O ato também teve transmissão ao vivo, em vídeo, pelo Facebook, e ainda foi realizado nos mesmos moldes em Caxias do Sul e Rio Grande, no sul do estado.

“Nós fizemos o ato em várias cidades, que demarca este absurdo, este genocídio que tem sido o tratamento dado à questão da pandemia. Certamente até o final do ano serão 150 mil, 200 mil mortes. Não é uma questão de naturalização da morte, é uma questão intencional. O governo sabe disso, não está se importante e está achando que a manada vai se autoimunizar adquirindo o vírus. Nós estamos com 3 milhões de pessoas. Se este assunto virar 15 milhões, 20 milhões até a vacina? Vamos ter 300 mil mortes? Então, com isso nós não podemos concordar”, afirma o presidente da Central Única dos Trabalhadores no Rio Grande do Sul (CUT-RS), Amarildo Cenci. 

O sindicalista assegura que o movimento defende ampla testagem para detectar a Covid-19, principalmente aos trabalhadores da saúde, além de políticas públicas de desenvolvimento, de proteção das empresas e do trabalhador e de uma inclusão social de trabalhadores desempregados como formas de se superar a crise instalada.

Em Caxias do Sul, a manifestação foi realizada no mesmo horário que o ato da Capital, na Praça Dante Alighieri, no Centro. Os manifestantes também lembraram dos efeitos econômicos da pandemia e reivindicaram a extensão do auxílio emergencial até o fim do ano, aumento nas parcelas do seguro-desemprego e liberação de crédito para micro e pequenas empresas. No local, os manifestantes portavam faixas e cartazes e colocaram 27 cruzes brancas simbolizando as mortes provocadas pelo Covid-19. Assim como em Porto Alegre, os participantes usaram máscaras de proteção e evitaram aglomerações, respeitando o distanciamento social e as demais recomendações sanitárias da Organização Mundial de Saúde (OMS).

Em Rio Grande, as atividades começaram às 6h quando um grupo ligado à CUT Regional Litoral Sul e ao 6° Núcleo do Cpers/Sindicato afixou uma faixa no Parque do Trabalhador, lembrando as 100 mil vítimas da Covid-19 e defendendo a manutenção dos empregos pelo trabalho.

Às 10h, protestaram no Largo Doutor Pio. "São atos simbólicos,  praticamente sem público para evitar aglomerações. Nós defendemos o distanciamento social. Acreditamos que só ele salva as pessoas. É um vírus que mata e este número é como se metade da população de Rio Grande tivesse morrido", lamenta a diretora executiva  da CUT Regional Litoral Sul, Dóris Nogueira.


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