Aulas são canceladas em São Leopoldo por causa das cheias

Aulas são canceladas em São Leopoldo por causa das cheias

Rio do Sinos atingiu 7,90 metros e começa a estabilizar aos poucos

Correio do Povo

Cheia do Rio dos Sinos suspendeu aulas e alagou ruas de São Leopoldo

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Em função da cheia do Rio dos Sinos, a prefeitura de São Leopoldo optou por cancelar as aulas nas escolas municipais e estaduais nesta quarta e quinta-feira, nos turnos da manhã e tarde. A informação é do vice-prefeito e secretário municipal de Educação, Daniel Daudt Schaefer.

Segundo ele, não é possível captar água para o abastecimento das instituições de ensino. Após atingir 7,90 metros – quando o nível normal é de 2,5m -, o Rio do Sinos começa, aos poucos, a estabilizar. A expectativa é que até o final de semana a situação comece a normalizar. “Estamos caminhando para a estabilidade do Rio do Sinos. Se continuar assim, em 48h até 72h deve baixar de forma significativa”, explicou o coordenador da Defesa Civil da região Metropolitana, tenente-coronel Alexandre Teixeira.

Conforme ele, não houve necessidade de mais remoções de famílias nesta quarta-feira. Até o momento, cerca de 310 pessoas estão desabrigadas (sem moradia) ou desalojadas (em casa de parentes e amigos) em São Leopoldo. Os bairros mais prejudicados são Feitoria e São Geraldo. Uma morte também foi confirmada na cidade.

Mais cedo, a Guarda Municipal decidiu interditar a ponte 25 de julho devido ao risco das águas do Rio do Sinos invadirem a estrutura. Os pilares de 10m de altura – que ficam nas extremidades – estão quase submersos em razão da cheia provocada pela enxurrada dos últimos dias.

Também na manhã desta quarta-feira, o Serviço Municipal de Água e Esgotos (Semae) de São Leopoldo informou que foi necessário desativar as bombas da estação ETA 2. O nível do Rio dos Sinos faz com que o sistema de abastecimento fique prejudicado na maioria dos bairros do município, com exceção da região Central.

Alerta em Canoas e Nova Santa Rita

Depois da chuva, que deu trégua nesta quarta-feira, a preocupação da Defesa Civil de Canoas e de Nova Santa Rita é com o movimento das águas dos rios Caí, Sinos e Jacuí que devem agravar a situação nas áreas já alagadas.

O nível do Sinos continua subindo na Prainha do Paquetá, em Canoas. Das 60 famílias que vivem na área ribeirinha, apenas uma idosa optou por deixar o local. Já em Nova Santa Rita, as atenções estão voltadas para o Porto da Figueira, na divisa com Montenegro, onde 30 moradias ficam alagadas.

Em Canoas, segundo o coordenador da Defesa Civil Rodolfo Pacheco, os moradores da Prainha receberam alimentos e a visita de médicos da prefeitura. Por precaução, dois transformadores foram desligados. Também em Canoas, 10 famílias deixaram suas casas na rua da Barca, zona ribeirinha afetada pela cheia. Outras áreas da cidade, segundo a Defesa Civil, não apresentam cheias.

Em Nova Santa Rita, o vice-prefeito Antônio César Bairros dos Santos, conta com o apoio do Exército e de empresários no atendimento aos desalojados. “A situação está se agravando também na região ribeirinha do bairro Morretes, onde o nível do Caí continua subindo”, disse. Na região, pelo menos 20 casas estão alagadas. Os moradores foram para residências de amigos e parentes.

Mais de 10 mil pessoas estão fora de casa

As enchentesjá atingiram 10.027 pessoas, de acordo com balanço divulgado na tarde desta quarta-feira pela Defesa Civil do Estado. O número de desabrigados (sem moradia) chega a 2.826 e de desalojadas (em casa de parentes e amigos) alcança 7.199.

O número de municípios gaúchos afetados pelas enxurradas permanece inalterado em 30. A cidade mais prejudicada é Esteio com 702 desabrigados e 3,5 mil desalojados. As cheias também seguem em 11 rios.

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