Autorizada quebra de sigilo de suspeito de mandar matar Eliseu

Autorizada quebra de sigilo de suspeito de mandar matar Eliseu

Justiça terá acesso a ligações feitas no ano passado pelo tenente-coronel da Brigada Militar

Marjuliê Martini / Rádio Guaíba

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O juiz Cleber Augusto Tonial autorizou, nesta terça-feira, a quebra do sigilo telefônico do tenente-coronel da Brigada Militar Aroldo Veriano da Silva, suspeito de ser o mandante do assassinato do ex-secretário de Saúde de Porto Alegre Eliseu Santos, ocorrido em 26 de fevereiro do ano passado. Silva foi denunciado ontem pelo Ministério Público e, conforme pedido dos promotores Eugênio Paes Amorim e Lúcia Helena Callegari, as empresas de telefonia deverão remeter à Justiça os extratos das ligações realizadas e recebidas entre 1º de fevereiro e 20 de maio de 2010.

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Também foi denunciado ontem Adelino Ribeiro da Silveira por ter admitido ter entregue R$ 15 mil, a mando do tenente-coronel, ao suposto executor do crime, Eliseu Pompeu Gomes. Ainda conforme o relato de Silveira, detido no Presídio Central por estelionato em outro caso, uma segunda parcela de R$ 15 mil foi paga depois do assassinato.

Em abril, Silveira procurou o MP para afirmar que o tenente-coronel era um dos sócios da empresa Reação, que mantinha contratos com a Secretaria da Saúde, rompidos durante a gestão de Eliseu. O dono e gerente do empreendimento já haviam sido denunciados como os supostos mandantes da morte do ex-secretário.

Em um outro trecho do depoimento prestado ao MP, Silveira relatou que o plano inicial não era executar Eliseu em Porto Alegre, mas em um sítio em Arroio dos Ratos, na região Carbonífera. O suposto plano tramado pelo oficial e pelo diretor da Reação, Jorge Renato Hordoff de Mello, segundo o detento, era enterrar o corpo na propriedade.

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