Autoteste para detecção do HIV estará disponível nas farmácias ainda em 2016

Autoteste para detecção do HIV estará disponível nas farmácias ainda em 2016

Exame pode ser feito com saliva ou sangue e já foi aprovado pela Anvisa

Agência Brasil

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O autoteste de detecção do vírus do HIV estará disponível nas farmácias do país ainda neste semestre. A informação é do diretor do Departamento de DST, Aids e Hepatites Virais, Fábio Mesquita, que falou nesta quinta-feira durante o lançamento da campanha de prevenção às Doenças Sexualmente Transmissíveis e Aids para o Carnaval 2016.

"Ele tem o mesmo grau de confiança de qualquer outro teste. Será a oportunidade para uma parcela da população que tem vergonha de pedir o teste para o médico ou de ir a um posto de saúde fazer o teste" declarou ele ao ressaltar que o teste é de triagem e a pessoa precisará confirmar o resultado com outro teste.

O exame pode ser feito com saliva ou sangue e já foi aprovado pela Agência Nacional de Vigilância e Saúde (Anvisa). Ele já é oferecido em vários países do mundo, como Estados Unidos, Grã-Bretanha, França e África do Sul. A meta da Organização das Nações Unidas (ONU) é de que 90% das pessoas com HIV façam o teste até 2020. No Brasil, cerca de 83% dos portadores do vírus já foram testadas. "E essa medida certamente ajudará a alcançar os 7 pontos de gente que tem o HIV e que ainda precisa ser testada", comentou Mesquita.

O preço do teste de farmácia ainda não está definido. Nos Estados Unidos, por exemplo, o valor varia entre 40 e 60 dólares. "Claro que no Brasil esse preço é inviável e as empresas terão que fazer um preço viável aqui", disse o diretor. A ampliação da testagem é uma das frentes da nova política de enfrentamento do HIV e aids. Entre janeiro e setembro de 2014, foram realizados 5,8 milhões de testes no país. No mesmo período do ano passado, foram 6,4 milhões - um crescimento de 10%.

As três metas de 90-90-90, pactuadas pelo Programa Conjunto das Nações Unidas sobre HIV/Aids (Unaids) têm como objetivo testar 90% das pessoas vivendo com HIV e aids, tratar 90% delas e que 90% tenham carga viral indetectável até 2020 em todo o mundo.

"Estamos na direção correta das metas. Estamos ainda em 2016 e devemos 7 pontos percentuais na meta de teste, 20 pontos na meta de tratamento e já alcançamos a meta de supressão de carga viral, cinco anos antes do prazo", comemorou o representante do ministério.

O percentual de brasileiros vivendo com HIV diagnosticados por exames passou de 80%, em 2012 para 83%, em 2014. Já a oferta de tratamento passou de 44% de pessoas tratadas em 2012 para 62% em 2014, aumento de 41% no período.

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