Baleia-franca é atração na orla de Torres

Baleia-franca é atração na orla de Torres

Espécie procura as águas do Sul do Brasil para reprodução e nascimento dos filhotes durante os meses de inverno e primavera

Correio do Povo

No Rio Grande do Sul, o Morro do Farol, em Torres, é um dos melhores locais para observar as baleias sem perturbá-las

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Os pesquisadores do Projeto Farol das Baleias do Grupo de Estudos de Mamíferos Aquáticos do Rio Grande do Sul (Gemars) foram informados por moradores da presença de uma baleia-franca na orla de Torres. A presença da mãe com o filhote foi confirmada pelos pesquisadores na manhã de hoje. "Este ano, as baleias-francas demoraram um pouco mais para aparecer", explica o coordenador do projeto Daniel Danilewicz. Na temporada passada (2018), os primeiros indivíduos foram avistados no dia 11 de julho. A espécie, que é migratória, procura as águas do Sul do Brasil para reprodução e nascimento dos filhotes durante os meses de inverno e primavera.

No Rio Grande do Sul, o Morro do Farol, em Torres, é um dos melhores locais para observar as baleias sem perturbá-las. De julho a outubro, as baleias-francas podem ser normalmente vistas bem próximas à praia, entre a Ilha dos Lobos e a zona de arrebentação das ondas. Em 2018, os pesquisadores do projeto registraram, a partir das observações do Morro do Farol, um total de 113 grupos, sendo cerca de 40% de fêmeas com filhotes. A expectativa, portanto, é que muitos indivíduos sejam avistados ainda este ano, diz o biólogo Moreno Pereira, que está desenvolvendo sua dissertação de mestrado sobre a espécie na região.

O projeto, que conta com o apoio da Prefeitura Municipal de Torres, visa estimar quantas baleias-francas e de que forma elas utilizam a região. Além da pesquisa, o projeto visa também incentivar que as pessoas apreciem a presença das baleias em nosso litoral. "Até final de outubro, estaremos monitorando as baleias-francas e informando a população", explica Danilewicz. "Sem dúvida, a observação das baleias-francas tem um enorme potencial turístico", complementa o pesquisador.


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