Bancários voltarão a negociar fim da greve nesta quinta

Bancários voltarão a negociar fim da greve nesta quinta

Categoria está parada há 21 dias e reivindica elevação salarial de 11,93%

Agência Brasil

Categoria organizou protesto em Porto Alegre nesta quarta

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A Confederação Nacional dos Trabalhadores do Ramo Financeiro (Contraf) e a Federação Nacional dos Bancos (Fenaban) voltarão a se reunir nesta quinta-feira, às 10h, em São Paulo, para negociar o fim da greve dos bancários. Os trabalhadores estão paralisados há 21 dias. A nova rodada foi marcada após a rejeição, pelas assembleias dos sindicatos, da proposta de reajuste salarial de 7,1% e aumento do piso em 7,5%, apresentada pelos bancos na última sexta-feira. A proposta foi considerada insuficiente pela categoria.

"Com os lucros de R$ 59,7 bilhões entre os meses de junho de 2012 e 2013, sobram recursos para compensar o trabalho e a dignidade dos bancários", destacou, em nota, o presidente da Contraf, Carlos Cordeiro. A reivindicação dos bancários é elevação salarial de 11,93% (aumento real de 5%), piso de R$ 2.860,21 e particiapação nos lucros de três salários-base, mais parcela adicional fixa de R$ 5.553,15. Eles pedem também aumento dos vales-refeição e de alimentação (no valor de um salário mínimo, R$ 678), e melhores condições de trabalho, com o fim das metas individuais e abusivas.

“A Fenaban ressalta que o piso salarial da categoria subiu mais de 75% nos últimos sete anos e que os salários foram reajustados em 58%, ante uma inflação medida pelo INPC (Índice Nacional de Preços ao Consumidor) de 42%. Ou seja, somente o piso salarial registrou aumento real de 23,21%. A proposta deve ser avaliada considerando não só os ganhos deste ano, mas também os dos últimos anos, que são bastante significativos”, disse, em nota, na última sexta-feira, o diretor de Relações do Trabalho da Fenaban, Magnus Ribas Apostólico.

Nesta quarta-feira, em Porto Alegre, a categoria organizou um protesto no Centro de Porto Alegre. A adesão à greve chega a 74% na Capital e Região Metropolitana, conforme o Sindbancários. No início da semana, 332 das 450 agências estavam fechadas total ou parcialmente. No Estado, a adesão chega a 61%.

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