Bares atendem determinação de fechamento às 23h devido à Covid-19 em Porto Alegre

Bares atendem determinação de fechamento às 23h devido à Covid-19 em Porto Alegre

Empreendedores procuraram seguir as normas à risca nos estabelecimentos

Christian Bueller

Prefeitura publicou uma edição extra do Diário Oficial com medidas voltadas ao distanciamento social na Capital

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O relógio se aproxima das 23h e as ruas de Porto Alegre já não apresentam o mesmo movimento de antes do decreto que voltou a restringir o funcionamento de bares e restaurantes por conta da pandemia. A prefeitura publicou, na segunda-feira, uma edição extra do Diário Oficial com medidas voltadas ao distanciamento social na Capital para evitar o avanço da Covid-19.

Uma das determinações do decreto é o atendimento de restaurantes, bares e lancherias somente até às 23h. A reportagem do Correio do Povo circulou por bairros conhecidos pela boemia e confirmou que, até o momento, os empreendedores procuraram seguir as normas à risca. 

Gerente de um tradicional estabelecimento na Cidade Baixa, Kleiton Wismann recolhia a última mesa antes de fechar no horário limite indicado pelo decreto. “Vamos fazer tudo certo, como sempre”, comentou. Segundo ele, uma viatura da Guarda Municipal passou pelas redondezas minutos antes.

Adaptação durante e após a pandemia

No Centro Histórico, o mesmo cenário. Clientes no caixa, pagando a refeição servida e eventual copos de chope. Para Alfredo Lessa, gerente de restaurante na região, o setor vai precisar se adaptar durante e após a pandemia passar. “Seguimos trabalhando. Ao menos, podemos servir gente aqui e não só fazer tele entrega”, diz, conformado. 

Este serviço, além do modelo take away (pegue e leve) segue permitido nos estabelecimentos, independente do horário, desde que seja vedada a formação de filas nos locais.

O presidente do Sindicato de Hospedagem e Alimentação de POA e Região, Henry Chmelnitsky, avaliou as mudanças do novo decreto municipal como uma forma possível de convivência entre os fatores economia e saúde. 

Foto: Fabiano do Amaral

“Claro que não gostaríamos de nenhum passo atrás nas liberações, mas é um decreto que indica um cenário menos traumático, mas não quer dizer que seja o ideal. Avaliando as decisões do prefeito (Nelson Marchezan Júnior), o setor se sente, neste momento, satisfeito com estas definições. É preciso olhar para o quadro da saúde com responsabilidade", afirmou Chmelnitsky.

Para a sobrevivência da gastronomia na cidade, levando também em conta os cuidados com a saúde e colaboração para diminuir a curva de contaminação, o Sindha propõe medidas “realistas, focadas, aplicáveis e supervisionadas”. “Temos uma preocupação muito séria com os impactos deste efeito de ‘abre e fecha’ das operações que pode vir a ocorrer. A empregabilidade nas empresas é diretamente afetada. No entanto, é claro que queremos operar com responsabilidade", completou o presidente.

Prefeitura monitora comportamento

A prefeitura segue monitorando o comportamento dos estabelecimentos diante do decreto. O Escritório de Fiscalização é responsável pela verificação do cumprimento das ações de combate ao novo coronavírus.

Desde março, 11,8 mil estabelecimentos comerciais, industriais e de serviços foram vistoriados em Porto Alegre. “A decisão de restringir algumas atividades têm como base a avaliação diária da situação epidemiológica da cidade. Precisamos da colaboração dos empreendedores no cumprimento das regras para garantir a retomada o mais breve possível”, destaca o prefeito.


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