Bloqueio na Ponte do Guaíba aumenta procura por catamarãs

As viagens de catamarã aumentaram em cerca de 30% durante o período de mais de uma hora em que a Ponte do Guaíba ficou fechada por causa de um problema no vão móvel, nesta sexta-feira. De acordo com a assessoria de imprensa da empresa que administra os barcos, há relatos de pessoas que estavam viajando de carro ou de ônibus e retornaram para Guaíba ou para Porto Alegre para pegar a embarcação.

O valor da passagem, até o final do mês, é de R$ 6 de segunda a sexta-feira, e R$ 7 nos finais de semana. A compra pode ser realizada antecipadamente, nos terminais das duas cidades, com dinheiro, cartão de débito e cartão Teu. Os barcos partem de hora em hora. Cerca de 1,8 mil pessoas fazem a travessia de catamarã entre as duas cidades por dia.

O problema no vão móvel causou congestionamento de 14 quilômetros. De acordo com a Concepa, concessionária que administra a BR 290, a ponte foi içada ao seu limite máximo, 24 metros de altura, às 10h10min para a passagem de um navio. Quando os técnicos tentaram baixar a estrutura, ocorreu uma falha e ela trancou. Por isso, foi utilizado um sistema de emergência até que a estrutura chegasse a 20 metros. A partir dessa altura, passou a ser utilizado o método principal. A ponte foi nivelada ao solo às 11h27min, quando o tráfego foi liberado no local.

No ano passado, o Ministério Público Federal (MPF) do Rio Grande do Sul instaurou inquérito civil para investigar as causas das frequentes interrupções do tráfego na ponte sobre o Guaíba. O último bloqueio causado por falha na estrutura ocorreu em julho. Segundo a concessionária responsável, uma ruptura de presilhas e o consequente desprendimento dos cabos causou o transtorno.

Na última visita ao Rio Grande do Sul, a presidente Dilma Rousseff afirmou que da próxima vez que viesse a Porto Alegre, anunciaria a criação de uma segunda ponte do Guaíba. Segundo ela, há estudos para definir de onde sairão os recursos e o governo, inclusive, cogita fazer uma concessão.