Bola é condenado a 22 anos pela morte de Eliza Samudio
Ex-policial foi acusado por homicídio triplamente qualificado e ocultação de cadáver
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Após a decisão dos jurados, a juíza Marixa Fabiane Rodrigues leu a sentença completa, em que Bola foi considerado culpado pelos crimes de homicídio triplamente qualificado e ocultação de cadáver. Ao ler a sentença, a magistrada disse que o ex-policial cometeu um "crime perfeito" ao ocultar o corpo, uma vez que ele nunca foi encontrado. Foi o julgamento mais longo entre todos os envolvidos no caso da morte da ex-modelo.
O julgamento foi acompanhado por um plenário cheio. O promotor Henry Wagner Vasconcelos de Castro relembrou a cronologia do crime e mostrou o registro das ligações telefônicas feitas entre os envolvidos no caso. Ao longo de sua fala, o promotor manuseou diversos volumes do processo e apresentou aos jurados o conteúdo dos autos. Representando a defesa, o advogado Ércio Quaresma apresentou para afirmar que seu cliente era inocente.
A fase dos debates foi marcada pela troca de palavras rudes e de acusações entre a defesa e a acusação. Na réplica, o promotor contestou várias colocações feitas pela defesa. Depois, o advogado do réu apresentou um fantoche e pediu que os jurados não se deixassem manipular pelas pretensões de condenação do Ministério Público. O advogado Fernando Magalhães também falou durante a tréplica e questionou a autenticidade dos relatórios que mostraram a localização dos acusados no momento do crime, apontada a partir das ligações telefônicas registradas.