Bombeiros aguardam documentos da prefeitura para vistoriar Porto Seco
MP pode pedir interdição do local por suposta falta de atualização de Plano de Incêndio
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A Promotoria de Justiça da Habitação e Defesa da Ordem Urbanística pode solicitar ainda nesta quinta a interdição do Porto Seco, por suposta falta de atualização do Plano de Prevenção Contra Incêndio (PPCI). O Ministério Público confirmou que o promotor Fábio Sbardelotto aguarda um posicionamento da prefeitura antes de ajuizar o pedido.
O major do Canto não comentou a informação, mas adiantou que ainda há tempo para a vistoria da área. Ele disse não ter confirmação do horário para a visita, mas confirmou que ocorrerá antes do início dos desfiles das escolas de samba.
Por outro lado, a assessoria de imprensa da Secretaria Municipal da Cultura (SMC) garate que o PPCI é válido. A prefeitura deve encaminhar ao MP documentos para evitar o pedido de interdição. O major do Canto deixou claro que o processo tramitando trata apenas da estrutura montada no complexo do Porto Seco. Em relação aos barracões – que são permanentes – preferiu não vai se manifestar.
Carnavalescos receosos
O presidente da Associação das Entidades Carnavalescas, Vitor Hugo Amaro, disse estar acompanhando os desdobramentos do caso com dois sentimentos: tranquilidade e receio. "Da nossa parte, estamos tranquilos porque realizamos tudo aquilo que foi pedido (pelos Bombeiros). Evidentemente que enquanto não tivermos o aval, o resultado final da vistoria, ficamos um pouco, digamos assim, receosos que tenha alguma coisa a ser corrigida, mas se tiver alguma coisa será pequena e até amanhã estará tudo em dia", disse.
Em dezembro de 2011, a Promotoria de Justiça de Defesa do Patrimônio Público de Porto Alegre já havia solicitado a interdição do Porto Seco da Capital. Na ocasião, o pedido foi estendido também ao Complexo Usina do Gasômetro. O motivo na época foi a falta de atendimento das legislações federais, estadual e municipal que determinam a obrigatoriedade do PPCI, aprovado pelo Corpo de Bombeiros. Segundo a legislação municipal, todas as edificações localizadas na Capital devem adotar normas de proteção contra incêndio. A Justiça atendeu ao pedido e determinou a interdição. Ambos os locais foram intimados a realizar as adequações necessárias para a expedição dos alvarás.
Com informações dos repórteres Samuel Vettori e Jerônimo Pires