Bombeiros alertam para riscos de banho e pesca no Sinos
No verão passado 19 pessoas morreram afogados no rio
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Antes mesmo da alta temporada iniciar, o Rio dos Sinos já havia contabilizado uma vítima de afogamento. Um menino de 13 anos foi encontrado sem vida, após quase 24 horas de buscas realizadas pelos bombeiros de Novo Hamburgo e Campo Bom. O corpo foi resgatado na divisa dos bairros Canudos e Rondônia, em Novo Hamburgo. Ele se afogou ao tentar fazer a travessia do rio, a partir do bairro Feitoria, em São Leopoldo, na quinta-feira.
A questão preocupa o comandante tenente-coronel Vitor Hugo Konarsewscki, responsável pelo 2 Comando Regional dos Bombeiros. "As principais vítimas são crianças que moram em áreas mais baixas do Sinos, onde é possível acessar as águas para se banhar, aliviando o calor. São 100 quilômetros de extensão de leito na nossa área, sendo Campo Bom, Novo Hamburgo e São Leopoldo os pontos onde as pessoas têm acesso mais facilmente ao rio e, em consequência disso, temos mais casos de afogamentos." Konarsewscki explica também que não são disponibilizados salva-vidas nas margens do rio, pois a água não é própria para banho. "O rio tem profundidade de 3,5 metros, sendo que é considerado arriscado partir de 1,5 m."
O presidente do Comitê de Gerenciamento da Bacia Hidrográfica do Rio dos Sinos (ComiteSinos), Arno Kayser, explica que as águas do Sinos são classificadas pela Fepam como impróprias para banho, e por isso, o banho pode trazer problemas de saúde. Conforme ele, consumir os peixes do manancial também não é recomendado.