Bombeiros voluntários resgatam dois bugios feridos em Nova Petrópolis

Bombeiros voluntários resgatam dois bugios feridos em Nova Petrópolis

Não foi possível identificar se animais foram vítimas de agressão humana ou disputa por território

Correio do Povo

Dois bugios feridos foram recolhidos na última semana em Nova Petrópolis

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O Corpo de Bombeiros Voluntários de Nova Petrópolis resgatou na última semana dois bugios-ruivo feridos, um no Centro da cidade e outro na localidade de Nove Colônias. Segundo o comandante do grupo, Ivanildo Santana da Silva, não foi possível identificar se os animais foram vítimas de agressão humana ou disputa por território. A dupla foi levada para o Gramadozoo.

“É a primeira vez que tenho memória de resgatarmos bugios feridos. Geralmente os animais atendidos estão saudáveis. Estes foram casos isolados”, ressaltou da Silva.

Nesta quarta-feira, a equipe de Fauna Silvestre da Secretaria Municipal do Meio Ambiente (Smam), em parceria com técnicos da área de primatologia da Pontifícia Universidade Católica do Rio Grande do Sul (PUCRS), Instituto Sauver, Secretaria Estadual da Saúde, representantes do Zoológico Municipal de Canoas e representantes da clínica veterinária Toca dos Bichos, estiveram reunidos na quarta-feira a fim de buscar soluções para as mortes de bugios (Alouatta guariba clamitans) recentes. O grupo se reuniu para esclarecer que os primatas não tem nenhuma relação com os casos de febre amarelo no Brasil. Nos últimos dias surgiram pessoas afirmando que os animais estariam sendo maltratados e mortos pela população.

Porém, os bugios são considerados sentinelas da febre amarela, pois não transmitem a doença e quando aparecem mortos indicam que a enfermidade circula pela região. Apenas o mosquito, que é encontrado na África e na América do Sul, transmite a doença.

No último surto da doença que ocorreu há oito anos no Estado, pessoas acabaram agredindo os primatas por acharem que transmitiam a doença. Tais atitudes acabaram gerando um desequilíbrio ecológico. Perseguir, maltratar e/ou apreender a fauna silvestre configura crime ambiental de acordo com a Lei Federal de Crimes contra o Meio Ambiente 9.605/98. Para mais informações sobre o tema, é possível contatar a Equipe de Fauna Silvestre pelo telefone (51) 3289-7517.



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