Butantan produzirá Coronavac sem insumos da China em dezembro

Butantan produzirá Coronavac sem insumos da China em dezembro

São Paulo prometeu enviar 3,9 milhões de doses da Coronavac ao Ministério da Saúde até domingo

R7

Governador João Doria visita o Instituto Butantan. Foto Governo do Estado de São Paulo

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O Instituto Butantan anunciou, nesta terça-feira, que a primeira dose da Coronavac produzida integralmente no Brasil deve ser feita em dezembro. O anúncio ocorreu na sede do instituto durante coletiva de imprensa para informar que 3,9 milhões de doses da vacina serão enviadas ao Ministério da Saúde até domingo.

"Temos dezenas de funcionários trabalhando com jornada em torno de 10 horas por dia para colocar a fábrica em conclusão. Até o mês de outubro, ela estará totalmente concluída e em outubro, novembro e dezembro, as instalações dos equipamentos serão feitas. Ainda em dezembro deste ano, teremos a primeira dose da vacina do Butantan 100% produzida no Brasil nesta fábrica e, a partir de janeiro, em escala evolutiva para a produção industrial", disse Doria.

Sobre o pedido do Ministério da Saúde de mais 30 milhões de doses após a entrega das 100 milhões de doses que serão repassadas até o fim de agosto, Covas informou que o Butantan tem capacidade de produzir. "Temos todas as condições de ofertar 30 milhões e até mais 50 milhões, se for necessário. Não pode interferir na compra para o Estado de São Paulo e para outros Estados que queiram ampliar a vacinação."

Doria afirmou ainda que, como o Estado de São Paulo vai adquirir mais 20 milhões de doses que serão usadas para vacinar toda a sua população, esse repasse adicional não teria mais caráter de exclusividade.

"É bem-vinda e será aceita, mas não mais com exclusividade para o Ministério da Saúde nos preços e nas questões iguais. Todos os brasileiros de São Paulo serão vacinados até 31 de dezembro e todos os governadores têm a mesma intenção de comprar vacinas seja do Butantan seja de outros laboratórios para vacinar a população."

O Butantan informou que fará a distribuição de 1,2 milhão de doses nesta terça-feira e mais 900 mil frascos da vacina na quarta-feira. Para 25, 26 e 28 de fevereiro, segundo o instituto, ainda estão previstas liberações de 600 mil doses diárias. Desta forma, de hoje até domingo, São Paulo fornecerá um total de 3,9 milhões de doses ao PNI.

O governador João Doria (PSDB) anunciou nesta terça-feira o início do envio das novas remessas de doses da vacina contra o novo coronavírus ao Programa Nacional de Imunizações (PNI) do Ministério da Saúde. No total, serão 5,6 milhões de doses no período de 5 de fevereiro a 5 de março, 65% a mais do volume previsto inicialmente.

“O Instituto Butantan hoje lidera a distribuição de vacinas no país. O Brasil vai receber, até 30 de abril, 46 milhões de doses da vacina e, até 30 de agosto, mais 54 milhões de doses da vacina do Butantan. Até 30 de agosto nós teremos entregue 100 milhões de doses da vacina do Butantan”, disse Doria.

No início de março, o Butantan vai disponibilizar mais 1,7 milhão de vacinas para a imunização do país, estando previstas remessas de 600 mil doses no dia 2 de março, de 500 mil no dia 4 e de mais 600 mil para o dia 5. Na soma total, serão 5,6 milhões de frascos de hoje até 5 de março.

No dia 5 de fevereiro, o Butantan havia distribuído 1,1 milhão de doses. Assim, no período de 5 de fevereiro e 5 de março, o instituto fornecerá o total de 6,7 milhões de vacinas. Somadas ao lote de 8,7 milhões entregues em janeiro, são 15,4 milhões de doses para vacinação de brasileiros em todo o país.

As doses enviadas nesta terça-feira fazem parte do lote de imunizantes envasados no Butantan com o Insumo Farmacêutico Ativo (IFA) enviado pela Sinovac, da China. O Instituto criou uma força-tarefa envasar, em ritmo acelerado, doses para a entrega ao PNI. Uma das ações foi dobrar o quadro de funcionários para atender a urgência.


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