Câmara de Vereadores lança Frente em prol do Mercado Público

Câmara de Vereadores lança Frente em prol do Mercado Público

Objetivo é impedir que o espaço seja concedido à iniciativa privada

Eduardo Amaral

Movimento tem como objetivo barrar concessão do Mercado Público à iniciativa privada

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Em mais um movimento para barrar a concessão do Mercado Público de Porto Alegre à iniciativa privada, a Câmara de Vereadores instalou nesta segunda-feira a Frente Parlamentar em Defesa do Mercado Público. O evento, que aconteceu no plenário Ana Terra, teve a presença de vereadores e permissionários que são contra a mudança de gestão do local.

Proponente da Frente, o vereador Adeli Sell diz que a ideia do grupo é manter a administração do Mercado na mão dos municipários. “Achamos que é importante que continue a permissão de uso dos atuais mercadeiros e que se faça uma parceria efetiva com a Associação do Mercado Público para dirigir esse processo.” Sell diz que a intenção do grupo é impedir que o processo de entrega à iniciativa privada seja barrado por completo, e para isso o grupo deve atuar em duas frentes. “ A Frente é uma junção de vereadores e várias facções políticas que estão buscando, juntos com os mercadores e a sociedade civil, vários mecanismos para fazer a defesa do Mercado Público e que essa concessão não vingue. Estamos fazendo uma parte de movimentos públicos, de mobilização como abaixo assinado mas também faremos alguns movimentos para que o Governo não saiba nossa tática.”

O vice-presidente da Associação do Comércio do Mercado Público Central (Ascomepc), Sérgio Lourenço, reclama da postura do governo durante o debate sobre o futuro do Mercado. “Já tivemos muitas reuniões realmente com a prefeitura, mas não adianta uma reunião onde o que se fala entra em ouvido e sai no outro.” Lourenço diz que a expectativa dos permissionários é que com a Frente seja possível elaborar um novo projeto para o futuro do espaço. “Nossa expectativa é que pessoas coerentes, que tem entendimento da real função social do Mercado, consigam fazer um projeto que realmente funcione sem nenhum interesse econômico.”


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