Câmara do Livro pode patrocinar réplica de livro da estátua de Drummond

Câmara do Livro pode patrocinar réplica de livro da estátua de Drummond

Comerciantes e ambulantes deram falta do objeto há cerca de 15 dias

Samantha Klein / Rádio Guaíba

Após furto, Câmara do Livro pode patrocinar réplica de livro da estátua de Drummond na Praça da Alfândega

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Com mais um episódio de roubo do livro da estátua do poeta Carlos Drummond de Andrade, na Praça da Alfândega, alternativas de financiamento começaram a ser estudadas para a restauração da obra. Com recursos escassos em caixa, a Secretaria Municipal da Cultura deve procurar a iniciativa privada para recuperar o monumento no Centro da Capital. A Câmara Riograndense do Livro, que já esteve à frente de uma recuperação em parceria com empresários, vai ser procurada nos próximos dias.

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Conforme o presidente da entidade, Marco Cena, a Feira do Livro é inconcebível sem a obra, que é um dos principais símbolos da praça. O dirigente, porém, criticou a falta de segurança no local. “Vamos avaliar o que podemos fazer, mas é responsabilidade do governo. Deve haver a presença de mais policiamento na região para evitar (o roubo)”, lamentou.

Segundo o coordenador de memória da Secretaria da Cultura, Luiz Custódio, a recuperação de uma obra de arte não acontece na mesma velocidade em que é depredada. “É necessário descobrir quem pode fazer a recuperação e se há material para isso. Sempre que há uma agressão dessa forma há uma perda que se busca recuperar da melhor forma possível, mas nem sempre é possível. E pode demorar bastante”, declarou.

O objeto já havia sido roubado em 2007. Na época, o livro de Drummond foi encomendado pela Câmara Riograndense do Livro e teve custo aproximado de R$ 2,5 mil. A restauração foi confeccionado em bronze pelos artistas plásticos Xico Stockinger e Eloísa Tregnago, autores originais da obra. Encomendada para a 47ª Feira do Livro, a estátua foi inaugurada em outubro de 2001, como homenagem a Drummond e a Mario Quintana.

Na Praça da Alfândega, outras estátuas como a Carta de Getúlio Vargas e o Monumento à República também foram vandalizados recentemente. A coordenadora do PAC Cidades Históricas, Briane Bicca, sugere que o livro seja reproduzido em uma liga de metais que não tenha valor como o bronze. O metal é roubado para venda e fundição.

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