Cai para 14 número de casos suspeitos de coronavírus no Brasil

Cai para 14 número de casos suspeitos de coronavírus no Brasil

Rio Grande do Sul permanece com quatro quadros suspeitos do vírus

Correio do Povo

Dados sobre coronavírus no Brasil foram divulgados em coletiva de imprensa nesta segunda-feira

publicidade

O número de quadros suspeitos de coronavírus no Brasil caiu de 16 para 14, conforme o Ministério da Saúde. O Rio Grande do Sul é o segundo estado com mais casos em observação – quatro – e fica atrás apenas de São Paulo, onde sete pessoas estão sendo avaliadas para contágio pelo do vírus surgido na cidade chinesa de Wuhan. Já Santa Catarina possui dois casos suspeitos e o Rio de Janeiro, um. Os dados foram divulgados pelo ministro titular da pasta, Luiz Henrique Mandetta, nesta segunda-feira.

Todos as pessoas que estão enquadradas em casos suspeitos vieram de diferentes regiões chinesas. O único caso de um paciente vindo de Wuhan, que era de Minas Gerais, já foi descartado. Até esta segunda-feira, o laboratório da Fundação Oswaldo Cruz (Fiocruz) trabalha com 11 amostras em processamento. Outras três tiveram resultados negativos para vírus diversos e agora passam a ser testadas para vírus específicos. 

Mandetta destacou que grande parte dos casos do Brasil que apresentaram sintomas semelhantes ao coronavírus foram diagnosticados com vírus da Influenza B. A partir de hoje, os laboratórios Adolfho Lutz e do Instituto Evandro Chagas passam a trabalhar na checagem de amostras.

Repatriação de brasileiros vivendo em Wuhan

O ministro da Saúde confirmou que o governo federal vai elevar para o grau de risco em território nacional ao nível 3. Segundo ele, a medida foi tomada buscando agilidade e não por ter caso confirmado do vírus no país. O processo de reconhecimento pelo Brasil de que há uma "emergência em saúde pública" está focada, segundo o ministro, na contratação de equipamentos de segurança, como por exemplo máscaras, e na repatriação de brasileiros que hoje estão na China. Segundo o governo federal, pelo menos 40 pessoas (de um total de 55 brasileiros) demonstraram interesse de retornar e permanecer em querentena por 18 dias no Brasil.

A quarentena ocorrerá em uma base militar ainda não confirmada: será a de Anápolis (GO) ou a de Florianópolis (SC). Os critérios estudados serão a lotação e a distância dela a hospitais. Todos os brasileiros locados no espaço terão quartos individuais, com exceção de mães e crianças. Apenas os que não apresentarem sintomas do vírus estarão aptos a viajar ao Brasil. O governo anunciou que ainda estuda o planejamento da viagem em relação a medidas de vigilância sanitária, alimentação e proteção para a logística.

Até o momento, o Ministério das Relações Exteriores não anunciou a data da reapatriação. No entanto, Mandetta disse que a medida é vista como prioridade pelo governo federal. Esse modelo de quarentena está previsto apenas para os brasileiros repatriados. Os demais brasileiros que estiveram na China, terão o atendimento padrão no caso do coronavírus.

O governo prevê um protocolo específico de segurança para o retorno dos brasileiros. Todas as pessoas passarão por um exame clínico antes de embarcar no avião. Todas as medidas estão sendo discutidas pelo Ministério da Saúde. Já a logística para a viagem está sendo desenhada pelo Ministério da Defesa. A articulação entre os países e a negociação de pouso na China é de responsabilidade do Ministério de Relações Internacionais. 

Nesta quinta-feira, a equipe do Ministério da Saúde se reunirá com os secretários estaduais e secretários de capitais do segmento para esclarecer dúvidas sobre os casos suspeitos e as ações de segurança e tratamento ao coronavírus.


Mais Lidas





Correio do Povo
DESDE 1º DE OUTUBRO 1895