Calor e seca preocupam autoridades do Vale do Sinos

Calor e seca preocupam autoridades do Vale do Sinos

Defesa Civil do município considera nível do rio em estado crítico para o período

Stephany Sander

Comusa afirma que não há possibilidade de racionamento ou falta de água

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As altas temperaturas, aliadas a previsão de falta de chuva pelos próximos 30 dias, de acordo com a MetSul Meteorologia, alteraram a rotina de órgãos de segurança do Vale do Sinos. A Defesa Civil de Novo Hamburgo e a Companhia Municipal de Água e Esgoto (Comusa) monitoram constantemente o Rio dos Sinos. O nível da água, que chegou aos 7,56 em de julho do ano passado, uma das maiores marcas de 2015, agora está em menos de 2,50 em Lomba Grande.

“Consideramos este nível como crítico devido ao período. Até o final de fevereiro pode ser muito pior caso não chova o suficiente” explica Edson Monte Blanco, coordenador da Defesa Civil do município. Além disso, destaca que terra e outros resíduos podem prejudicar a captação de água.

A Comusa, no entanto, afirma que não há possibilidade de racionamento ou falta de água. Segundo a assessoria de imprensa, equipes técnicas acompanham a oscilação do rio, porém não há ainda nenhum indício para uma ação emergencial.

Já o Comitê da Bacia Hidrográfica do Rio dos Sinos (Comitesinos), monitora o cumprimento do acordo entre produtores rurais e companhias de abastecimento da região, assinado em novembro do ano passado, sobre o uso da água para irrigação das lavouras. Pelo tratado, os arrozeiros da parte alta da Bacia do Sinos devem suspender o bombeamento para lavouras irrigadas sempre que o nível da água atingir as marcas de 70 cm em Campo Bom e 50 cm em São Leopoldo.

Incêndios também preocupam

Os bombeiros da região também estão em alerta. Em São Leopoldo, a corporação já atendeu sete ocorrências de incêndio desde o último domingo. Os registros, principalmente envolvendo a queima de vegetação, ocorreram nos bairros Rio do Sinos, Scharlau e Vicentina, sem feridos. Em Sapiranga, um incêndio destruiu completamente uma casa no bairro São Luiz. Já em Campo Bom, o número de ocorrências já é maior do que no mesmo período, em relação ao ano passado. “Já temos 18 incêndios contabilizados até agora, sendo que tivemos quatro simultâneos em um único dia. São casos simples, sem feridos, mas que atrapalham a rotina dos profissionais", salienta o sargento José Vanderlei Pioner.

Em Novo Hamburgo, de acordo com o tenente Ilberto Gonçalves Parker os maiores registros são referentes a incêndios em vegetações. "Tivemos recentemente um caso onde estávamos atendendo um chamado de fogo em mato e houve uma segunda ocorrência em uma casa, que tivemos que pedir auxílio de outras corporações. Pedimos que as pessoas não queimei lixo, galhos e grama acumulada”, explica.

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