Camelôs seguem desrespeitando a lei em Porto Alegre, mesmo com a ações de fiscalização
Entidades do comércio pedem ampliação do combate ao comércio informal na Capital
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Mesmo com as ações permanentes da fiscalização da prefeitura de Porto Alegre, os camelôs seguem desrespeitando a lei e continuam a marcar presença na frente das lojas do Centro Histórico de Porto Alegre e na avenida Assis Brasil, na zona Norte da Capital. Na manhã desta quinta-feira, os ambulantes estavam nas proximidades dos prédios localizados nas avenidas Borges de Medeiros e Salgado Filho e na rua dos Andradas - no trecho compreendido entre as ruas General Câmara e Marechal Floriano Peixoto, e na rua Voluntários da Pátria.
Quando percebem a presença dos agentes da Diretoria de Fiscalização da Secretaria Municipal de Desenvolvimento Econômico (Smde), que atua em conjunto com a Guarda Municipal e a Brigada Militar para coibir a ocupação dos espaços públicos e apreender as mercadorias sem procedência, eles deixam os locais às pressas com receio de que haja o recolhimento dos produtos.
De janeiro a novembro deste ano, foram recolhidos mais de 60 mil artigos, entre eletrônicos, óculos, cigarros, roupas e outros produtos sem procedência, além de mais 18 toneladas de alimentos. Segundo a secretaria, a ideia é intensificar ainda mais as operações de combate ao comércio clandestino.
Na avenida Assis Brasil, os ambulantes marcaram presença nas proximidades da avenida Francisco Trein e na rua Roque Calage. Eles comercializavam roupas, bolsas, cintos, acessórios para telefone celular, óculos e ventiladores. Na avenida Salgado Filho, os ambulantes estão concentrados na esquina das ruas Vigário José Inácio e Marechal Floriano Peixoto, e no Largo Glênio Peres, onde comercializam frutas e verduras.
Na rua dos Andradas, os ambulantes começam a chegar no Centro Histórico depois das 9h e preferem se concentrar nas imediações da rua Uruguai. Uma parte dos ambulantes, a maioria estrangeiros, opta por ficar na avenida Borges de Medeiros, nas proximidades da Esquina Democrática.
Em uma reunião que contou com a presença de representantes do Sindilojas, Sindióptica e Fecomércio/RS pediram urgência nas ações de combate ao comércio informal para o final de ano. O presidente do Sindilojas Porto Alegre, Paulo Kruse, salientou a concorrência desleal entre a atividade dos comerciantes ilegais e dos lojistas formalizados que, mesmo com as lojas fechadas durante a pandemia, mantiveram o pagamento dos impostos e demais despesas de suas empresas.
Segundo Kruse, coibir o comércio ilegal é também um importante passo para o processo de retomada econômica na cidade. “Na medida em que incentivamos o consumo formal, contribuímos para o processo de recuperação financeira das empresas, o que refletirá na geração de empregos que tanto precisamos pós-pandemia”, acrescentou.
Aos lojistas, a SMDE informou que as ações de fiscalização e combate à atividade de ambulantes em Porto Alegre serão para ampliadas e contarão com o apoio da Diretoria de Fiscalização da secretaria, da Guarda Municipal e da Brigada Militar.